sexta-feira, 2 de abril de 2010

para Matheus Duarte: NÃO SONHO MAIS.


Hoje eu sonhei contigo, tanta desdita, amor nem te digo

Tanto castigo que eu tava aflita de te contar

Foi um sonho medonho desses que às vezes a gente sonha
E baba na fronha, e se urina toda e quer sufocar

Meu amor vi chegando um trem de candango
Formando um bando mas que era um bando de orangotango pra te pegar

Vinha nego humilhado, vinha morto-vivo, vinha flagelado
De tudo que é lado vinha um bom motivo pra te esfolar

Quanto mais tu corria mais tu ficava, mais atolava
Mais te sujava, amor, tu fedia, empesteava o ar



Tu que foi tão valente chorou pra gente, pediu piedade
E, olha que maldade, me deu vontade de gargalhar

Ao pé da ribanceira acabou-se a liça e escarrei-te inteira

A tua carniça e tinha justiça nesse escarrar

Te rasgamo a carcaça, descendo a ripa, viramo as tripas
Comendo os ovos, ai, e aquele povo pôs-se a cantar

Foi um sonho medonho desses que às vezes a gente sonha

E baba na fronha e se urina toda e já não tem paz

Pois eu sonhei contigo e caí da cama
Ai, amor, não briga, ai, não me castiga
Ai, diz que me ama e eu não sonho mais


Um comentário:

Anônimo disse...

Caramba Cazinho, tem muuuuuito tempo que não ouço essa música.
Legal.
sanjespatty

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