quinta-feira, 25 de junho de 2009

Conversa de MSN


Diego: tou assistindo aki a cnn

cazzo:
qual foi?

Diego:e ta passando aki uma reportagem de que michael jackson foi levado pro hospital pq teve uma parada cardiaca

cazzo:porra.

Diego:mais tem um site já que divulgou q ele morreu

cazzo:hahahahahahahahhahaha será?

Diego:ja foi levado morto pro hospital

cazzo:ele tava tomando remédio pra não morrer.

Diego: hahahaha... e os clipes dele é de fude vei

cazzo:o remédio q ele tava tomando não fez efeito. q merda.

Diego:no los angeles times saiu a noticia agora que ele não morreu nãoq ele ta em coma

cazzo:ahhhhhhh q pena. as crianças estariam salvas.

Diego:mais pode ser um coma induzido ja ne vei esperando so a familia chegar pra perguntar quando é pra desligar os aparelhoskkkkkkkkkkkkkkkkkkkk e logo agora q ele ia voltar a fazer show veikkkkkkkkkkkkk

cazzo:caralho. fudeu. vai virar mito.

Diego:a turne dele tava com numeros em torno de mais de 50 milhões de dolares de lucro pra ele cazzo:ta passando na globo.

Diego:xii fudeu daki a pouco morreu mesmo


Diego:vei ta passando agora thriller de fude o clipe

cazzo:
é... a porra é grave. vou sair espalhando no msn q ele morreu. vou adiantar a notícia.

Diego:pronto vei agora vai ser luto nos eua de uma semana kkkkkkkkk

cazzo:hahahahahhahhahahahaha

Diego:é vei a cnn confirmou a morte já

cazzo:hahahahahhahahhaa, rapaz, aquele site botou pra fuder. blefou e deu certo.jogou barro e grudou.

Diego:kkkkkkkkkk

cazzo:a cnn tá tirando o dela da reta. ela confirma mas diz q não confirma a morte. o los angeles confirma, mas não tira da reta. deu coma profundo no mutante.

Diego:kkkkk tao com medo de ele ressucitar kkkkkkkkkk


cazzo:hahahahahahahahahaha é mermo. pode ser efeito do remédio.

Diego:kkkkkkk oh vei como diziam q ele é um ser de outro planeta, nao se sabe como funciona direitos os orgãos dele né, vai q é normal kkkkk

cazzo:só a cnn e a globo contam com a ressurreição. hahahahahahahhaha

Diego:ja pensou bicho depois de todo mundo da ele como morto ele ressucita pronto ai q fudeu ele vai abrir uma religiao

cazzo:é mermo. vai desbancar jesus.

Diego:se ele tem aquela doença que morre mais nao morre kkkkna verdade vao dizer q ele é jesus o q é pior

cazzo:hahahahaha então faz sentido: "vinde a mim as criancinhas!"

Diego:kkkkkkkkk pois é... vei vou aki vou comer pq tou morrendo de fome fuiiiiiiiii

cazzo:blz.



A casa da minha infância [Luis Nassif]


Tem certos dias em que a solidão convoca uma assembléia geral da minha vida. Eu nem vacilo, pego o carro, deixo para trás stress e infovidas, atravesso fazendas e herdades e, depois delas, a montanha.

Ah, esse mergulho no tempo, nas lembranças, esse revolver de emoções tão soterradas pelo burburinho infernal das metrópoles e pelo ritmo dos tempos. As lembranças vão enchendo o buffer da memória e corro para chegar à cidade antes que amanheça e que o sol espante a magia. Chego ao jardim, reformado de acordo com o projeto original, e espreito os fantasmas que saem da bruma de uma noite fria. Dispome, então, das pompas contemporâneas, e entro na casa que não mais havia.

Lembro-me do quartão do fundo, onde abrigava minha solidão de recém-saído da infância buscando ansiosamente o mundo através das ondas curtas de um rádio de rabo quente. Ou o barracão que registrou momentos de festa. Ou ainda o outro quarto do quintal onde, em um período qualquer da minha infância, seu Oscar tentou fabricar a linha de perfumes Temarelu (de Teresa, Maria Regina e Luís). E ainda o telhado de fora, onde eu subia com um cavaquinho e despejava versos improvisados nas irmãs e primas mais novas.


Lembro-me especialmente das festas de Natal, em que se juntavam nossa família e a da tia Rosita. As primas preparavam prendas e missões que eram sorteadas. Ao meu pai coube dançar tango. Ao doutor Fabrino, que fora passar a noite conosco, um discurso sobre Papai Noel.

Mas as lembranças não param e, antes que pudesse sorrir da cena, desaba sobre minha memória o último contato com a casa. Hoje em dia anda meio largada, e me provoca indagações de antigamente. Nem me lembro de quem meu pai a adquiriu, logo que casou, antes de eu nascer, acho que de um senhor que enviuvou. Num dia qualquer de 1974 mudou de mãos, passando para novos donos. Era mês de julho, deixei São Paulo, onde morava desde 1970, subi a montanha e olhei pela última vez a casa, vazia, sem móveis, sem vida, enquanto o caminhão levava a mudança e o desgosto de dona Tereza e seu Oscar rumo à metrópole.

Até alguns anos atrás, quantas noites atravessei com pesadelos, com aquela imagem da casa vazia, sem vida, me atormentando o sono, sempre prenunciando alguma notícia ruim que viria em seguida.


Mas é nas sombras das árvores do jardim do Pálace, projetadas pela luz de uma lua forte, que revejo a casa, meus mortos mais amigos, a minha afinidade mais constante, em plena noite fria e remendada pelo infinito de tantos momentos. Aí o portão dos tempos escancara e eu me vejo infante e antigo.


Vejo dona Tereza mais nova do que hoje sou, e seu Oscar, que deveria ter a idade que hoje tenho. E essa invasão das fronteiras do tempo mistura tudo, dos conflitos que, adolescente, tive com meu pai para, em seguida, vê-lo de agora. E relembro da angústia, da crise financeira da Farmácia Central, herança da grande recessão da segunda metade dos anos 60, da impotência em não poder ajudá-lo mais do que metade do salário que ganhava em início de carreira.

Lembro-me mais, de uns dez anos atrás, em que sonhava com ele, tentando aconselhá-lo a reestruturar a farmácia, a reduzir o número de funcionários. E ele, no sonho, me dizendo angustiado que não podia dispensar o Rafael, a Neusa, o Januário. Depois, um tempo depois, lembro-me encontrando o filho do Rafael, que trabalhou com seu Oscar mais de trinta anos, para me comunicar que o pai havia morrido e que, pouco antes de morrer, sonhara com o antigo patrão angustiado, pedindo que o ajudasse a sair da crise.

A data batia com a do meu sonho. Assim, vou dispondo as lembranças como minha mãe escolhia arroz com as mãos. Separo mágoas vagas e concretas, as pedras das incompreensões. Aos poucos, a casa vai se povoando, ganhando vida, e a alma sendo acalmada. E limpos o arroz, a alma e a mente, o coração explode finalmente, pacificando as emoções.


As acusações


Michael Jackson, pai de três filhos pequenos, enfrentou dez acusações: de conspiração com fins extorsivos, sequestro de um menor de idade, abuso sexual e fornecimento de agente tóxico (vinho) com a finalidade de cometer o delito. O artista negou todas as acusações. Foi absolvido.

Jackson foi preso em novembro de 2003, depois da realização da primeira revista em sua mansão na Califórnia. Liberado depois do pagamento de uma fiança de US$ 3 milhões, a estrela recebeu acusações por agressão sexual contra um menor que tinha 12 anos na época dos fatos.


Em depoimento, a mãe do menino que teria sofrido abuso sexual contou ao juiz que ela e sua família foram impedidas de sair da fazenda do cantor e seguir para Los Angeles no dia em que o astro teria molestado seu filho.


A identidade do menor que acusa o cantor chegou a ser revelada, mas em seguida uma ordem judicial determinou que os nomes da suposta vítima e de sua família não fossem mais citados publicamente.


O menor aparece no polêmico documentário "Living With Michael Jackson", do jornalista britânico Martin Bashir, no qual o cantor admite que já dividiu a cama com crianças, "mas não de uma forma sexual, e sim de um jeito doce e carinhoso".



A dança

A história da dança retrata que seu surgimento se deu ainda na pré-história, quando os homens batiam os pés no chão. Aos poucos, foram dando mais intensidade aos sons, descobrindo que podiam fazer outros ritmos, conjugando os passos com as mãos, através das palmas.

O surgimento das danças em grupo aconteceu através dos rituais religiosos, onde as pessoas faziam agradecimentos ou pediam aos deuses o sol e a chuva. Os primeiros registros dessas danças mostram que as mesmas surgiram no Egito, há dois mil anos antes de Cristo.
Mais tarde, já perdendo o costume religioso, as danças apareceram na Grécia, em virtude das comemorações aos jogos olímpicos.


O Japão preservou o caráter religioso das danças, onde as mesmas são feitas até hoje, nas cerimônias dos tempos primitivos.

Em Roma, as danças se voltaram para as formas sensuais, em homenagem ao deus Baco (deus do vinho), onde dançava-se em festas e bacanais.

Nas cortes do período renascentista, as danças voltaram a ter caráter teatral, que estava se perdendo no tempo, pois ninguém a praticava com esse propósito. Praticamente daí foi que surgiram o sapateado e o balé, apresentados como espetáculos teatrais, onde passos, música, vestuário, iluminação e cenário compõem sua estrutura.


No século XVI surgiram os primeiros registros das danças, onde cada localidade apresentava características próprias. No século XIX surgiram as danças feitas em pares, como a valsa, a polca, o tango, dentre outras. Estas, a princípio, não foram aceitas pelos mais conservadores, até que no século XX surgiu o rock’n roll, que revolucionou o estilo musical. Até que no século XX surgiu Michael Jackson.


Michael entre aspas



"Antes de fazer mal a uma criança, cortaria os meus pulsos."


"Eu sei qual é a minha raça. Olho no espelho e sei que sou negro."


"Eu me sinto honrado por ter sido escolhido pelos céus para ser invencível."


"Mentalmente estou sempre na Terra do Nunca."



"Dormi em uma cama com muitas crianças, inclusive Macaulay Culkin, quando ele era criança."





Planos para o futuro


Preparando seu retorno aos palcos, Michael Jackson iria se apresentar em um série de 50 shows na 02 Arena, em Londres.

Segundo o tablóide britânico The Sun, o cantor estaria procurando uma criança com uma "deficiência aparente" para participar das apresentações.

"Michael planejava ter crianças de todos os tipos do mundo inteiro para passar sua mensagem de amor e paz", teria dito uma fonte a jornal inglês.

A publicação ainda afirmou que teve contato com um e-mail enviado pelos organizadores do show procurando a tal criança em agências de modelos. O perfil procurado seria "entre 4 a 16 anos com alguma deficiência aparente".

A série das 50 apresentações de Michael em Londres, suas últimas na cidade, começariam no dia 13 de julho e seguiriam até o dia 6 de março de 2010.

A plasticidade de Michael

A cirurgia plástica tem por objetivo a reconstituição de uma parte do corpo humano por razões médicas ou estéticas e se desenvolve sob duas facetas: a cirurgia plástica reparadora e a cirurgia plástica estética.

A cirurgia plástica reparadora tem como objetivo corrigir lesões deformantes, defeitos congênitos ou adquiridos. É considerada tão necessária quanto qualquer outra intervenção cirúrgica.


A cirurgia plástica estética é aquela realizada pelo paciente com o objetivo de realizar melhoras à sua aparência. A pessoa quando se submete a tal intervenção cirúrgica não a faz com intenção ou propósito de obter alguma melhora em seu estado de saúde, mas sim para melhorar algum aspecto físico que não lhe agrada, ou seja, corrigir uma deformidade que ela adquiriu ao nascimento por exemplo, como uma orelha proeminete ou em abano, outro caso como uma mama flácida que pode lhe dificultar um relacionamento afetivo. Situações que não lhe causam prejuízo da ordem funcional, mas sim de ordem psicológica. Em qualquer cirurgia plástica, pretende-se que a zona afetada mantenha o seu funcionamento e, na medida do possível, um aspecto natural.

"Parem, parem, isso é inútil"

O produtor e DJ Mark Ronson, responsável por trabalhos de Amy Winehouse, fez uma revelação curiosa, e contou que Michael Jackson chorou ao assistir a um canal de filmes pornôs na década de 80. A situação teria acontecido na casa do filho de John Lennon, Sean Lennon, que teria apresentado o astro ao DJ. "É uma história esquisita. Estávamos na casa do Sean nos Estados Unidos e parecia tudo legal. Eu e ele colocamos no canal de filmes pornôs porque tínhamos algo em torno de dez anos e ficávamos imediatamente empolgados quando víamos seios", relembra Ronson.


"Eu e o Sean chamamos o Michael e perguntamos se ele queria ver algo legal. Ligamos no canal pornô e na tela tinham muitas strippers se remexendo nuas. Ficávamos perguntando: 'Michael, isso não é muito legal?'", explicou.


O fato curioso aconteceu em seguida. Assim que os dois se viraram, Michael teria começado a chorar em um canto da sala. "Ele dizia: 'Parem, parem, isso é inútil'.



"Eu acho que ele tinha uma visão feminista e não gostava do modo como usavam as mulheres em pornôs", ressalta ele.




Consumidor x Cidadão

“Do ponto de vista social, a globalização tem sido cada vez menos inclusiva, homogeneizadora ou convergente. Pelo contrário, do ponto de vista social, a globalização tem sido parceira inseparável de um aumento gigantesco da polarização entre países e classes do ponto de vista da distribuição da riqueza, da renda e do emprego.” (Os moedeiros falsos. P. 235. José Luis Fiori, 2 ed. Ed. Vozes)


MARTIN & SCHUMANN pregam algumas estratégias para parar a marcha para a sociedade 20 por 80, enfatizado na diminuição do poder político que acabou embutido no mercado financeiro e a criação de uma taxa (taxa Tobin) que abriria fontes de receita necessárias para que os países que não conseguem acompanhar o ritmo da globalização.



Milton Santos crê que o consumismo e a competitividade “levam ao emagrecimento moral e intelectual da pessoa, à redução da personalidade e da visão do mundo, convidando, também, a esquecer a oposição fundamental entre a figura do consumidor e a figura do cidadão” (SANTOS p.49). O geógrafo crê na contradição entre a produção do consumidor (indivíduo fraco) e do cidadão (indivíduo forte), uma contradição difícil de ser superada. Os símbolos se consomem rapidamente, mas a vida permanece e em seguida novos símbolos são erguidos e consumidos, pergunto: como vencer este eterno ciclo?


Milton Santos vê um despotismo do consumo onde há mais espaço para o consumidor do que para o cidadão. A cidadania no Brasil é geralmente mutilada, em entrevista Milton Santos afirma “todas as pessoas querem consumir, incluindo os pobres, o que é um lado também da esquizofrenia”.


Sorria, meu bem!



O Michael Jackson morre. Chegando no céu, qual a primeira coisa que ele fala pra São Pedro?

Resposta: - E aí São Pedro! Cadê o Menino Jesus?



A mulher de Michael Jackson acaba de dar a luz ao seu filho. Michael pergunta ao médico:

- Doutor, quanto tempo devo esperar antes de recomeçar as relações sexuais?

O médico responde:

- Espere até ele ter uns 11 ou 12 anos...


sexta-feira, 19 de junho de 2009

O verbo Gallagher.



"Nada me incomoda mais quando grupos como Pearl Jam e Nirvana reclamam da vida e da fama. Deixe eu lhe falar. ser famoso é ótimo! A emoção de quando alguém lhe pede um autógrafo, inacreditável! Eu acho que os americanos estão cansados das pessoas que dizem como a vida deles é chata. Eu acho que as pessoas gostam de nossa música porque nós dizemos como a vida dela poderia ser. Eu acho que não consigo entender os pensamentos de Eddie Vedder e o resto... quero dizer, se você não gosta do seu trabalho, porque você não vai trabalhar num lava-jato ou no McDonald's? "


"Não vou ser músico de rock por 20 anos. Quero desafios. O rock é muito simplório. Veja o nosso caso. Começamos a tocar, e em menos de três anos já éramos os maiores do mundo. "


"Existem cerca de 30 acordes numa guitarra e todas as variações já foram feitas antes. Pergunte ao Keith Richards. Ele vai te explicar isso."




Trechos da Vanguarda de Ferreira Gullar

A “VANGUARDA” (avant-garde) como movimento artístico ou literário é um fenômeno relativamente recente. Personalidades inovadoras, artistas que se adiantaram a seu tempo, que romperam com os estilos consagrados, não são raros na história da arte desde quando se tornou possível identificar a autoria da obra. Eurípides, Giotto, Dante, Rembrandt, são exemplos disso. Miguel Ângelo, nos últimos anos de sua vida, deu a suas obras um tratamento inusitado, antecipou-se à época moderna. Todos esses fenômenos se decifram dentro da dialética histórica, na interação de fatores culturais, políticos e biográficos. Mas tais personalidades não caracterizam uma “vanguarda” artística, tal como foram o Impressionismo, o Simbolismo, o Cubismo, o Futurismo, o Dadaísmo e dezenas (ou centenas?) de outros “movimentos artísticos” da época contemporânea. Aliás a expressão avant-garde – discutível sob inúmeros aspectos – se torna mais usual a partir do século XX e reflete a pretensão dos movimentos artísticos, de caráter coletivo, que estariam na “vanguarda” das artes, abrindo novos domínios à expressão estética.

Como a preocupação renovadora desses movimentos é predominantemente formal, a expressão avant-garde tende a designar obras em que preponderam a pesquisa e a invenção estilística. Assim, tomada em sentido geral a expressão, Joyce seria mais avant-garde que Proust ou Kafka; Pound mais que Eliot; Mallarmé mais que Apollinaire.
Mas como surge o fenômeno dos “movimentos artísticos” de intenso dinamismo renovador? Qual a origem dessa tendência à “ação coletiva” que, a partir de Romantismo, irrompe na história da arte? Um dado se constata de saída: o início de tal fenômeno coincide com o surgimento, na Europa do século XVIII, de uma nova força social – a burguesia. Essa classe, que detém a riqueza em suas mãos, parte então para ganhar o poder político. Surge um público novo para a arte.

No século XVII, observa Sartre, saber ler é ter o instrumento necessário para adquirir os conhecimentos sagrados e seus inúmeros comentários; saber escrever é saber comentar. O escritor não percebe nenhum outro público além do círculo fechado dos que sabem ler. “O público de Corneille, de Pascal, de Descartes, é Madame Sévigné, o cavaleiro de Méré, Madame Grignan, Madame Rambouillet, Saint-Évremond”.2 Assim, diz ainda Sartre, “a homogeneidade do público baniu, da alma dos autores, qualquer contradição”.3 Tudo muda, a partir do momento em que, exigindo a liquidação dos privilégios da nobreza e clamando por novos valores, a burguesia põe em marcha a sua revolução. E nessa luta o fundamental é a conquista da liberdade de pensamento e expressão que irá permitir à burguesia a sua união como classe e a adesão de outros setores da sociedade em torno das novas idéias. “Desde então, reivindicando para si e enquanto escritor a liberdade de pensar e de exprimir seu pensamento, o autor serve necessariamente aos interesses da classe burguesa.”

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Fale com Almodóvar.

Wallace Andrioli Guedes: Não é qualquer filme que pode ser chamado de obra-prima. Mas esse "Fale com Ela" com certeza pode (e deve). Mesmo com todas as críticas positivas que vinha recebendo, com o Globo de Ouro de filme estrangeiro e com as 2 indicações ao Oscar, e mesmo tendo gostado muito de "Tudo Sobre Minha Mãe", não acreditava muito nesse novo trabalho de Pedro Almodóvar. Não sei dizer o porquê, mas "Fale com Ela" simplesmente não me empolgava. Tanto que o filme ficou mais de 1 mês em cartaz em minha cidade, e não fui assisti-lo. Saiu dos cinemas, e senti um pouco de culpa, como cinéfilo. E aí essa obra-prima voltou a ser exibida. Me sentia na obrigação de vê-la, e é lógico que dessa vez não deixei essa oportunidade escapar. E posso dizer, com toda sinceridade, que "Fale com Ela" é um dos melhores filmes "não norte-americano" que já assisti em minha vida, se não for o melhor. É também a melhor obra de Almodóvar, sem sombra de dúvidas , e uma das maiores realizações do cinema europeu. A Espanha está de parabéns. Ou melhor, Almodóvar está de parabéns, a Espanha não! É impossível saber o que deu na cabeça dos espanhóis para não indicar esse filme ao Oscar. Azar deles, que vão ficar sem a estatueta, já que o escolhido pelo país , "Los Lunes al Sol", foi esquecido pela Academia. A estória gira em torno de dois homens , Benigno (Javier Cámara), um enfermeiro, e Marco Zulonga (Darío Grandinetti), um jornalista. A princípio, essas duas pessoas não têm nada a ver uma com a outra, mas quando a toureira profissional, e namorada de Marco, Lydia (Rosario Flores) entra em coma após ser ferida na arena, os destinos desses dois homens irão se cruzar. Benigno cuida de uma jovem (Leonor Watling), também em coma, chamada Alicia, e é completamente apaixonado por ela. Por isso, a trata como se estivesse "normal", como se ela ouvisse-o e entendesse-o. Ao ver Marco em situação parecida, o enfermeiro passa a incentivá-lo a fazer o mesmo, a falar com ela. Daí o título do filme. A trama parece simples, mas não é. Ao que vai se desenvolvendo, vai ganhando contornos inesperados, bem ao estilo de Almodóvar. E esse cineasta mostra mais uma vez todo seu talento e competência ao conduzir brilhantemente a estória, nunca apelando para clichês e nunca se tornando previsível. Pedro também volta a mostrar uma incrível capacidade para dirigir atores. A dupla central tem uma química impressionante. Rosario Flores aparece com uma personagem imponente, mas ao mesmo tempo frágil (como pode ser constatado na cena da cobra na cozinha de sua casa). Leonor Watling é de uma beleza e pureza invejável. Há ainda a sempre competente Geraldine Chaplin (filha de Charles Chaplin) e a belíssima participação de Caetano Veloso. Resumindo, "Fale com Ela" é um filme imperdível, uma realização genial, uma verdadeira obra-prima. Recomendável para todos, fãs e não-fãs de Pedro Almodóvar. Afinal, quem não gostar do filme em si, ao menos poderá curtir um delicioso curta-metragem mudo, que Pedro insere de forma brilhante no filme.



O canhão do Canhoteiro.


Éramos todos garotos, entre oito e dez anos, e nosso campo de futebol era a área cimentada do Mercado Novo, que ficava em frente à quitanda de meu pai. A pelada era depois das quatro da tarde, quando já tínhamos voltado da escola.

Pereba, Carroca, Espírito e eu, também conhecido como Periquito, podíamos ser considerados sofríveis, para não dizer pernas-de-pau. Os dois craques eram Esmagado e Canhoteiro que, aliás, iam no futuro se tornar estrelas do futebol profissional.


Mas entre Esmagado e Canhoteiro, havia uma diferença: Canhoteiro era gênio. Sem desfazer do talento de Esmagado, que se tornaria um ídolo do futebol maranhense, a genialidade de Canhoteiro já se revelava, ali, de maneira inequívoca.


Ele era o mais novo do grupo e ainda chupava dedo. Lembro-me bem de sua figura segurando a ponta da camisa e dois dedos, enfiados na boca. Era assim, desse jeito, que ele saía driblando todo mundo, como se a bola ficasse presa em seus pés. Na verdade, o mais comum de seus dribles era correr com a bola (que era pequena, de borracha), batendo no chão e na sola de seu pé esquerdo. Era canhoto e daí ser chamado, já naquela idade, de Canhoteiro.


O pai dele, seu Cecílio, via com preocupação a mania do filho pelo futebol. É que nós, os outros, aparecíamos ali para a pelada, mas dávamos conta das lições de casa, enquanto Canhoteiro não apenas era tarado por jogar bola como não queria pensar noutra coisa. Seu Cecílio, que vivia de vender mingau de milho e tapioca, numa banca do Mercado Novo, não queria esse mesmo destino para o filho.


Mal sabia ele que estava ali, na obsessão do filho pela bola, o futuro do menino e da família. Adolescente, ele se tornaria jogador profissional e logo logo uma glória do futebol maranhense. Seu Cecílio passou a sorrir e até mesmo a ir vê-lo jogar. Alegria maior foi a notícia de que Canhoteiro ia jogar num dos maiores times do país, o São Paulo Futebol Clube; alegria, diga-se a verdade, com um travo de tristeza, já que o filho passaria a viver numa cidade distante.


Já àquela altura, eu me metera com a poesia e me mudara para o Rio de Janeiro. Ignorava o destino de Canhoteiro, até ler que ele havia sido convocado para a seleção brasileira. Cheguei a pensar que se tratava de outro jogador com o mesmo apelido, mas, para minha alegria, uma foto ao lado tirava qualquer dúvida: era ele mesmo, meu amigo de infância, que se havia tornado ídolo da torcida sãopaulina e considerado, por seus dribles endiabrados, o Garrincha do Morumbi.


Até onde é convulsão?


Uma injeção de xilocaína, com o objectivo de reduzir as dores no joelho de Ronaldo, terá provocado as convulsões que o avançado brasileiro sofreu antes da final do Mundial de 1998.

A crise de Ronaldo antes do jogo com a França, que a seleção perdeu por 3-0, nunca foi explicada, mas poderá ter sido causada por sobre-dosagem de anti-inflamatórios.


A injeção de xilocaína com corticoides (anti-inflamatórios), que visava aliviar as dores de Ronaldo no joelho direito, foi a oitava dada ao jogador em 32 dias.


A xilocaína, ou lidocaína, é uma analgésico local usado para tratamentos dentários ou cardíacos, ou em algumas cirurgias, e que diminui o ritmo dos batimentos cardíacos e combate a fatiga. A injecção atingiu acidentalmente uma veia e expandiu-se rapidamente pelo fluxo sanguíneo, o que causou as convulsões.




A menina dos sonhos.

Bem, eu sempre tive algumas premonições, mas depois da brincadeira do compasso elas começaram a aumentar assustadoramente! Bem, eu ando tendo alguns sonhos que estão me assustando, pois eu já tive uns cinco ou mais sonhos onde ocorriam coisas que se tornaram real! ... Eu tive sonhos por partes e me assustei de verdade, pois sei que está pra ocorrer e as profecias andam se cumprindo (entre elas o que minha bisavó disse: Quando pai matar filhos, e filhos matarem os pais, o fim do mundo estará próximo). ... PRIMEIRO SONHO: Sonhei que estava em casa e que era um lindo dia! Um pequeno tornado surgiu, mas sumiu sem causar problemas. ... SEGUNDO SONHO: Estava em algum país da Europa de carro com minha mãe (nunca fui lá), daí, a gente recusou dar carona para alguém por medo, e íamos indo de carro até um campo de futebol super-louco cheio de umas coisas pratas e tal... Eu vi várias pessoas e o dia era o mais lindo que eu já vi na vida! De repente, eu e minha mãe de carro, entramos num corredor cheio de panos laranjas do lado e um vento começou a bater com horríveis trovões e o dia ficou estranho, eu olhei pra ela e ela pra mim e a gente viu que, no meio do campo, surgiu o mais tenebroso de todos Tornados e não havia como escapar! Um moço de helicóptero deu carona pra mim e pra minha mãe e a gente veio parar na minha casa! Parecia um clima de guerra, e era muito assustador. Meu pai do nada disse que não tinha medo e que não ia fugir, porque eu disse a ele que precisávamos sair dali! A mulher do piloto (negra com um sorriso LINDO) me deu algo estranho pra beber com gosto de café frio e eu ouvi a frase: CUIDADO, A HYDRA ESTÁ VINDO! Vi água e acordei. ... TERCEIRO SONHO: Estava na casa ainda no clima de guerra, estávamos conversando e ouvi um barulho como o de sirene como se avisasse algo sobre a tal 'HYDRA'.Então rapidamente eu fechei a porta de vidro e disse: CALMA, EU JÁ TIVE ESSE SONHO! A HYDRA ESTÁ VINDO! Acordei. ... QUARTO SONHO: Estava em casa e o tornado com força total e a água chegara em minha casa. Minha mãe ia fugir pra Austrália querendo só levar minha avó. Eu a convenci a levar todos nós da família e assim fomos ao carro para fugir para a Austrália, porém... Íamos levar a Laika, minha cachorra, e ela latia e tinha medo demais. Aí sem saber o final...ACORDEI! ... Tive esse sonho há meses atrás e sinto que algo de ruim vai acontecer. Uma guerra está a caminho! EU SEI! Bom, meu nome é Marina e tenho 13 anos... Fico imaginando se isso ocorrerá na copa de 2010... Ou no pan-americano de 2007? (ano que vem). O que vocês acham? Desde já agradeço... Qualquer coisa entre em contato comigo, ok? Deixei esses sonhos em comunidades no orkut. Será que o compasso influenciou? Grata e Beijos!


A sagração da oralidade.

Assim como qualquer forma de sexo que fuja do padrão genital o sexo oral causa muita confusão a mente de qualquer cristão preocupado em viver uma vida de liberdade em Cristo sem que isso seja uma ofensa para seu Senhor. Existem aqueles que dizem que o sexo oral não é natural e que Deus nunca teve a intenção de que as bocas fossem usadas desta maneira. Outros associam o contato oral-genital com as depravações de Sodoma e Gomorra. Como você verá neste artigo as Escrituras não apóiam nenhum destes dois pontos de vista. E não apenas isso, mas sexo oral trás diversas vantagens para os cristãos.

Não há nada na bíblia que proíba o contato oral-genital. Sexo oral é apenas erradamente agrupado com sodomia e com os pecados morais de Sodoma e Gomorra. Como veremos num futuro artigo dedicado ao sexo anal esse argumento não procede pois os Sodomitas buscavam especificamente sexo não consensual. Em outras palavras, estupro. Não existe maneira honesta de se extrapolar o texto bíblico para argumentar contra sexo consensual, seja ele oral ou anal. Por outro lado devemos destacar que a bíblia possui ainda referências favoráveis ao sexo oral, tanto em linguagem poética, como em linguagem explícita. Como na maioria dos casos de sexualidade o livro Cantares de Salomão é sempre uma referência segura. Em Cantares 2:3 lemos

''Qual a macieira entre as árvores do bosque, tal é o meu amado entre os filhos; desejo muito a sua sombra, e debaixo dela me assento; e o seu fruto é doce ao meu paladar.'' Na linguagem poética deste livro podemos ver referências ao fellatio (sexo oral feito no homem), como no versículo acima, mas também alusões a cunilingua (sexo oral feito nas mulheres), como no versículo 4:16:


''Levanta-te, vento norte, e vem tu, vento sul; assopra no meu jardim, para que destilem os seus aromas. Ah! entre o meu amado no jardim, e coma os seus frutos excelentes!''

Em ambos os casos o sexo oral em referência poética é sugerido como uma forma válida de relação sexual e uma verdadeira expressão de amor entre o casal. E novamente, cantares convida os amantes a beberem livremente dos corpos uns dos outros, ''Já entrei no meu jardim, minha irmã, minha esposa; colhi a minha mirra com a minha especiaria, comi o meu favo com o meu mel, bebi o meu vinho com o meu leite; comei, amigos, bebei abundantemente, ó amados.'' Estas porções das escrituras retratam o sexo oral de forma tão natural como os atos de comer e beber, e uma alegre expressão amorosa tanto do homem como da mulher.

O Novo Testamento exorta os casais a serem cuidadosos e benevolentes entre sí. Em Coríntios I 7:33 Paulo diz: 'Mas o que é casado cuida das coisas do mundo, em como há de agradar à mulher''. Assim antes de inventar regras sexuais que não possuem qualquer base bíblica, os homens e mulheres que formam casais deveriam estar preocupados em agradar uns aos outros. Se isso significa sexo oral para algumas pessoas isso deveria ser encarado com tranqüilidade e alegria, na lembrança de que agradar o parceiro isso sim é seguir os mandamentos de Deus. Veremos a seguir que a bíblia não apenas apóia tal comportamento, mas que provê instruções especificas relativas ao ato de engolir o fruto da ejaculação.




Cuidado com os Maçons!

Não possui a Maçonaria leis gerais nem livro santo que a definam ou obriguem todo o maçom através do Mundo; não sendo uma religião, não tem dogmas:. Em cada país e ao longo dos séculos, estatutos numerosos se promulgaram e fizeram fé para comunidades diferentes no tempo e nos costumes:. Mas isso não obsta a que a Maçonaria possua certo número de princípios básicos, aceites por todos os irmãos em todas as partes do globo:. É essa aceitação, aliás, que torna possível a fraternidade universal dos maçons e a sua condição de grande família no seio da Humanidade, sem que, no entanto, exista uma potencia maçônica à escala mundial nem um grã-mestre, tipo Papa, que centralize o pensamento e a ação da Ordem:.

CONSTRUÇÃO: Vejamos o seu nome Maçonaria vem provavelmente do francês "Maçonnerie", que significa uma construção qualquer, feita por um pedreiro, o "maçom":. A Maçonaria terá assim, como objetivo essencial, a edificação de qualquer coisa:. O maçom, o pedreiro-livre em vernáculo português, será portanto o construtor, o que trabalha para erguer um edifício:.

JUSTIÇA SOCIAL: A Maçonaria admite, portanto, que o homem e a sociedade são susceptíveis de melhoria, são passíveis de aperfeiçoamento:. Por outras palavras, aceita e promove a transformação do ser humano e das sociedades em que vive:. Mas, para além da solidariedade e da justiça, não define os meios rigorosos por que essa transformação se há-de fazer nem os modelos exatos em que ela possa desembocar:. Nada há, por exemplo, no seio da Maçonaria, que faça rejeitar uma sociedade de tipo socialista ou de tipo liberal:. O que lhe importa é um homem melhor dentro de uma sociedade melhor:.

ACLASSISMO: Dos ideais de justiça e solidariedade humanas, levados até as últimas conseqüências, resulta naturalmente o ser a Maçonaria uma instituição aclassista e anticlassista, englobando representantes de todos os grupos sociais que, como maçons, devem tentar esquecer a sua integração de classe e comportar-se como iguais:. "A Maçonaria honra igualmente o trabalho intelectual e o trabalho manual", rezava o artigo 6s da Constituição de 1926:. E, nos requisitos para se ser maçom, exige-se apenas, para além de diversas condições morais e intelectuais que mais adiante serão mencionadas, o exercer-se uma profissão honesta que assegure meios de subsistência:. É verdade que a exigência de se possuir a instrução necessária para compreender os fins da Ordem exclui, desde logo, os analfabetos e grande parte das massas populares (em Portugal, entenda-se):. E é verdade também que a maioria dos maçons proveio e continua a provir dos grupos burgueses:. Mas isso deve-se apenas as condições históricas em que todas as sociedades tem vivido nos últimos 200 anos:. R medida que as classes trabalhadoras vão atingindo mais elevado nível social e cultural, assim o número de maçons delas oriundo tende a aumentar paralelamente:. Em Maçonarias de países como a Grã-bretanha, a França ou a Holanda, o caráter aclassista da Ordem Maçônica nota-se com muito maior intensidade do que em Portugal ou na Espanha:.

APERFEIÇOAMENTO INTELECTUAL: O aperfeiçoamento do homem e da sociedade não se põe apenas, para o maçom, em termos de melhoria econômico-social:. Põe-se também, e sobretudo, em termos de melhoria intelectual, da afinamento das faculdades de pensar e de enriquecimento adquiridos:. Livre pensamento, para começar:. "A Maçonaria é livre-pensadora", dizia o artigo 3º da Constituição de 1926:. Mas livre pensamento não coincide necessariamente com ateísmo:. Já um texto famoso e respeitado dos primórdios da instituição, as Constituições de Anderson, de 1723, dizia que o maçom que entendesse bem de "Arte", "nunca será um ateu estúpido ou um libertino irreligioso:. Mas embora - continuava o texto - nos tempos antigos os maçons fossem obrigados, em cada país, a ser da religião, fosse ela qual fosse, desse país ou dessa nação, considera-se agora como mais a propósito obrigá-los apenas aquela religião na qual todos os homens estão de acordo, deixando a cada um as suas convicções próprias(...)":. Hoje, talvez a maioria dos maçons professe um deísmo ou teísmo de conceitos vagos e alegóricos, embora não faltem ateus nem crentes de variadas religiões, desde o cristão ao muçulmano:. O que todos rejeitam são dogmatismos e exclusivismos confessionais:.


Quem precisa de crack quando há Fiona Apple?


Foi aos 6 anos de idade que Fiona compôs no piano a sua primeira música, a primeira que ela se lembra, dois anos mais tarde, ela apresentou uma enorme evolução, tão nova, com tanto talento, sentimento e uma maneira particular de tocar que até hoje a acompanha. Mas não só o toque particular a acompanha, na música Parting Gift de 2005, inspirou-se na sua primeira composição, algo feito com 6 anos de idade ser usado anos depois, é sem duvida talento desde sua nascença.


A separação dos pais e o fato de ter sido violada aos 12 anos, podem ser a explicação da sua carga emocional e a abordagem de sentimentos próprios nas suas músicas, no seu primeiro álbum Tidal de 1996 um álbum quase todo escrito quando Fiona tinha 14, na música Sullen Girl, com 18 anos de idade canta duma muito emotiva, com mágoa o sucedido, e como isso a afetou, mas ela escreveu usando a alegoria.

Cantando letras complexas ou mais simples mas não banais com a sua voz hipnotizadora mas não no sentido de nos fazer adormecer, não, até porque é bem viva, principalmente ao vivo onde fica "possuída", canta letras que escreve só quando está melancólica porque para Fiona não faz sentido fazer um stop para sentar-se no piano para escrever musicas quando está alegre ou podemos supor num momento bom a nível afetivo, isso não faz sentido a seu ver.

Em músicas pode parecer que ela odeia os ex-namorados, pode parecer que sim, mas na musica "parting gift" ouvimos apenas Fiona Apple e o seu piano a agradecer tudo que começou com os ex-namorados "It ended bad, but I love what we started" .

Mas são de arrependimentos e desilusões que Fiona, nos preenche na maioria das musicas em tom de desespero e de sofrimento muitas das vezes acompanhada pelo seu piano, mas Fiona faz isso melhor que ninguém, o vicio de ouvir pode durar anos, vamos descobrindo e amando cada vez mais, não é musica fácil, é musica sofisticada, mas capaz de fazer crianças de 4 anos cantarolar, é isto o Fiona Effect, é melhor que droga, sensações inexplicáveis mas boas tiramos o melhor partido das musicas tal como a Fiona " Be kind to me, or treat me mean I'll make the most of it, I'm an extraordinary machine", demorara muito para experimentares esta maquina extraordinária?




Bate-se Macumba!

O surgimento da macumba urbana está ligado ao processo de industrialização do país, que opera um ritmo cada vez mais rápido. Esta indústria permanece limitada até a Primeira Guerra Mundial, mas as guerras obrigam os brasileiros a criar indústrias para aquilo que antes era importado, o que faz com que cada vez mais mão-de-obra saia do campo. A industrialização poderia ter oferecido ao negro um meio de vida e um canal de ascensão social, mas foram batidos pela concorrência econômica do branco pobre e do imigrante. Os negros Formaram uma espécie de subproletariado e o desenvolvimento da urbanização, que destruiu os antigos valores tradicionais sem lhes proporcionar um novo sistema de valores em substituição, para eles se traduziu apenas numa intensificação do processo de desagregação social. Pode-se dizer que a cidade teve dois efeitos sucessivos sobre os negros, à medida do seu desenvolvimento, que correspondem a um momento de desintegração, no princípio; depois, de reintegração, quando eles puderam afinal introduzir-se no sistema de classes, particularmente por intermédio das empresas de construção e das indústrias mecânicas.



Se a estrutura social do Brasil rural se alterou após a supressão da escravidão, o dualismo colonial continuou a existir. Mudando os proprietários, a pirâmide de camadas e de estatutos sociais não apresentou grande mudança em relação ao passado no conjunto do país. Nas cidades em formação, o isolamento e a mobilidade dos trabalhadores assalariados impediam os negros de conservar suas crenças e seus cultos. A estrutura social continuava a ação desagregadora do regime escravocrata. Para o negro, sobrava apenas a magia: magia ofensiva contra o branco, magia curativa para os enfermos. Além dos fatores citados acima, também a mistura de negros, caboclos e brancos nos mesmos bairros permitiram a manutenção da magia como arma individual ou como substituto da medicina, mas não permitiram a organização de cultos africanos institucionalizados. Para o autor, a memória coletiva não podia funcionar por falta de grupos estruturados. Houve uma desagregação das crenças e dos ritos.



A macumba é a expressão daquilo em que se tornam as religiões africanas no período de perda dos valores tradicionais; o espiritismo de Umbanda, ao contrário, reflete o momento da reorganização em novas bases, de acordo com os novos sentimentos dos negros proletarizados, daquilo que a macumba ainda deixou de subsistir da África nativa.

A macumba preserva tradições africanas, mas não possui uma eficácia no que se refere à inserção social do grupo de libertos. A umbanda, por sua vez, é uma reorganização social, uma religião institucional, que possibilita a inserção social, mantendo algumas tradições africanas, mesmo que sincretizadas e ressignificadas.


Ressaltamos a questão da inserção social, pois dentro de uma leitura banto a religião encontra-se inserida na vida cotidiana, não havendo diferenciação entre as esferas. Portanto, para o autor, a macumba é a principio a introdução de certos orixás e de ritos iorubas na cabula. É uma solidariedade, que não é de classe, mas da miséria, das dificuldades de adaptação ao mundo novo, do desamparo. Além deste primeiro sincretismo, juntou-se também o catolicismo popular e, depois, o kardecismo. A macumba nasce desta fusão, refletindo o mínimo de unidade cultural necessária à solidariedade dos homens, em face de um mundo que não lhes traz senão insegurança, desordem e mobilidade. Ela é o reflexo da cidade em transição, no qual os antigos valores desapareceram sem que os substituíssem aos valores do mundo. A macumba acaba perdendo todo caráter religioso, para terminar em espetáculos ou se prolongar em pura magia.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

ABERTURA: ESCRAVA ISAURA



Nenhuma novela até agora obteve tanta audiência quanto A Escrava Isaura, adaptada de livro de Bernardo Guimarães e uma das primeiras que a Rede Globo de Televisão exportou a vários países.

No início dos anos 90, numa adaptação de Gilberto Braga, a novela Escrava Isaura foi assistida na China por aproximadamente 870 milhões de pessoas.

A novela obteve índices recordes na Polônia, na Hungria, África do Sul, em toda a América Latina, Alemanha, França Rússia, Ucrânia, Letônia, Lituânia e outros países, num total de sessenta. “Quase 25 anos depois de seu lançamento, “A Escrava Isaura” ainda está no ar. É apresentada num canal a cabo na África do Sul”, informa o jornalista.

Em Cuba, o Presidente Fidel Castro mudou o horário diário das reuniões do Governo para que ele e seus ministros não perdessem a novela. Dizem que, em algumas das reuniões, o assunto principal foi o drama d‘A Escrava Isaura.


EM BUSCA DO TEMPO DE PROUST.


Quando um homem está dormindo tem em torno, como um aro, o fio das horas, a ordem dos anos e dos mundos. Ao despertar, consulta-os instintivamente, e, em um segundo, lê o lugar da terra em que se acha, o tempo que transcorreu até seu despertar; mas estas ordenações podem confundir-se e quebrar-se. Se depois de uma insônia, na madrugada, surpreende-o o sonho enquanto lê em uma postura distinta da que está acostumado a tomar para dormir, bastará elevar o braço para parar o Sol; para fazê-lo retroceder: e no primeiro momento de seu despertar não saberá que horas são, imaginará que acaba de deitar-se. Se dormitar em uma postura ainda menos usual e recolhimento, por exemplo, sentado em uma poltrona depois de comer, então um transtorno profundo se introduzirá nos mundos exagerados, a poltrona mágica percorrerá a toda velocidade os caminhos do tempo e do espaço, e no momento de abrir as pálpebras perceberá que dormiu uns meses antes e em uma terra distinta. Mas a mim, embora dormisse em minha cama de costume, bastava-me com um sonho profundo que afrouxasse a tensão de meu espírito para que este deixasse escapar o plano do lugar aonde eu dormia, ao despertar a meia-noite, como não sabia onde me encontrava, no primeiro momento tampouco sabia quem era; em mim não havia outra coisa que o sentimento da existência em sua simplicidade, primitiva, tal como pode vibrar no fundo de um animal, encontrar-se em maior nudez com o homem das cavernas; mas então a lembrança, ainda não era a lembrança do lugar em que me achava, mas, o de outros lugares aonde eu tinha vivido e aonde poderia estar. Descia até mim como um socorro que tivesse chegado do alto para me tirar de um nada, porque eu sozinho nunca poderia sair; em um segundo passava por cima de séculos de civilização, a imagem opaca vista das lamparinas de petróleo, das camisas com gola alta dobrada, foram recompondo lentamente os rasgos peculiares de minha personalidade.
Essa imobilidade das coisas que nos rodeiam, acaso é uma qualidade que impomos, com nossa certeza de que elas são essas coisas, nada mais que essas coisas, com a imobilidade que toma nosso pensamento frente a elas. O caso é que quando eu despertava assim, com o espírito em comoção, para averiguar, sem chegar a obtê-lo, em onde estava, tudo girava em volta de mim, na escuridão: as coisas, os países, os anos. Meu corpo, muito torpe para mover-se, tentava, fora de forma de seu cansaço, determinar a posição de seus membros para daí induzir a direção da parede e o lugar de cada móvel, para reconstruir e dar nome à morada que o abrigava. Sua memória dos flancos, dos joelhos, dos ombros, oferecia-lhe sucessivamente as imagens dos vários quartos em que dormisse, enquanto que, ao seu redor, as paredes, invisíveis, trocando de lugar, segundo a habitação imaginada, giravam nas trevas. Antes do meu pensamento vacilante, na soleira dos tempos e das formas, identificasse, engrenado às diversas circunstâncias ofereciam, o lugar de que se tratava, o outro, meu corpo, ia acordando para cada lugar de como era a cama, de onde estavam as portas, de onde davam as janelas, se havia um corredor, e, além disso, dos pensamentos que ao dormir ali preocupavam e que ao despertar voltava a encontrar. O lado de meu corpo, ao tentar adivinhar sua orientação, acreditava-se, por exemplo, estar jogado de cara à parede, em um grande leito com dossel, eu em seguida dizia: «Ah! Por fim dormi, embora mamãe não veio me dizer adeus», é que estava no campo, na casa de meu avô, morto já fazia tanto tempo; e meu corpo, aquele lado de meu corpo em que me apoiava, fiel guardião de um passado que eu nunca devesse esquecer, recordava-me a chama da lamparina de cristal da Boêmia, em forma de urna, que pendia do teto por leves correntinhas; a chaminé de mármore de Siena, no quarto de casa de meus avós, no Combray; naqueles dias longínquos que eu me figurava naquele momento como atuais, mas sem representar com exatidão; teria que ver muito mais claro um instante depois, quando despertasse, por completo.
Logo, renascia a lembrança de outra postura; a parede fugia para outro lado: estava no campo, no quarto a mim destinado na casa da senhora de Saint-Loup. Meu deus!

SATÉLITE



Fim de tarde.
No céu plúmbeo
A Lua baça
Paira
Muito cosmograficamente
Satélite.

Desmetaforizada,
Desmitificada,
Despojada do velho segredo de melancolia,
Não é agora o golfão de cismas,
O astro dos loucos e dos enamorados.
Mas tão-somente
Satélite.

Ah Lua deste fim de tarde,
Demissionária de atribuições românticas,
Sem show para as disponibilidades sentimentais!

Fatigado de mais-valia,
Gosto de ti assim:
Coisa em si,
- Satélite.

(Manuel Bandeira)


A bandeira dos Estados Unidos foi hasteada e a ela Armstrong e Aldrin prestaram continência. Em solo lunar foi deixada uma placa com a mensagem: "Aqui os homens do planeta Terra pisaram pela primeira vez na Lua. Julho de 1969. Viemos em paz, em nome de toda a humanidade". Na bagagem, os astronautas trouxeram 37 quilos de pedras, que foram analisadas em laboratórios. A ideia era descobrir por meio dessas rochas os segredos do sistema solar e de todo o mundo.

Quatro dias depois dos primeiros passos na Lua, os três voltaram a Terra e ficaram isolados durantes muitos dias. A hipótese de que poderiam sofrer algum tipo de contaminação foi logo descartada. De acordo com os astronautas mais importantes do mundo, a chegada do homem até a Lua representava a
nova era da vida na Terra. Os soviéticos saudaram os americanos, mas não se livraram do amargo gosto da derrota.


A missão Apollo 12 esteve na Lua em novembro de 1969 e foi responsável por investigar crateras. Os tripulantes voltaram a Terra com muitas fotografias e material coletado no solo da Lua. No início de 1970 foi a vez da aventura por meio da
Apollo 13. A missão foi conturbada em função de vários problemas com a nave durante a viagem de ida. Os astronautas James Lovell, Fred Haise e John Swigert reagiram ao inusitado de forma serena, não demonstraram medo, tomaram as providências emergenciais com precisão e conseguiram voltar com vida.




No plano psíquico a Lua representa nosso inconsciente, nossas emoções.

Cada uma destas fases irá, então, influenciar de forma sutil nossa sensibilidade, nossa disposição e portanto nossas atividades.

Lua Nova (New Moon): É o momento de germinação, da busca de novos caminhos. Ficamos mais introspectivos e indecisos. Não é um bom momento para tomarmos decisões. É a época de deixarmos amadurecer nossos propósitos e ideais.

Lua Crescente (Waxing Crescent): Nossas idéias e emoções tornam-se, pouco a pouco, mais claras. Ficamos mais objetivos. É o momento de colocarmos em prática o que planejamos. Tornamo-nos mais sociáveis.

Lua Cheia (Foll Moon): Simboliza a plenitude. Ficamos mais receptivos. Nosso inconsciente aflora mais facilmente. Tudo que planejamos chega ao seu nível máximo de potencialidade.

Lua Minguante (Waning Crescent): Este é o período de avaliação daquilo que foi feito. É o momento de terminar tudo que foi iniciado nos ciclos anteriores. Ficamos extremamente sensíveis.

Dorival, por que o senhor nunca aprendeu a nadar?

"Eu mergulhei, tentei nadar, nadei cachorrinho, uma coisa assim. Mas braçada eu não conseguia acertar. Fui cair n'água da primeira vez já na idade de rapazinho. Não consegui aprender. Agora, eu adorava mergulhar: jogava uma coisa no mar limpo assim, e pulava. Itapuã era uma praia linda! Cheia de coqueiros bonitos, areia branca bonita. Eu mergulhava e conhecia também o fundo do mar."


Maria Maria

"Que mais te queria o pobre, perguntou, e Maria, sem saber que palavras suas poderia dizer, só soube responder, Do barro ao barro, do pó ao pó, da terra à terra, nada começa que não acabe, nada acaba que não comece, Foi isso que ele disse, Sim, e também disse que os filhos dos homens brilham nos olhos das mulheres, Olha para mim, Estou a olhar, Parece-me ver um brilho nos teus olhos, foram palavras de José, e Maria respondeu, Será o teu filho.

O crepúsculo tornara-se azulado, ia tomando já a primeira cor da noite, agora via-se que de dentro da tigela irradiava como uma luz negra que desenhava sobre o rosto de Maria feições que nunca haviam sido dela, os olhos pareciam pertencer a alguém muito mais velho. Estás grávida, perguntou enfim José, Sim, estou, respondeu Maria, Por que não mo disseste antes, Ia dizer-to hoje, esperava que acabasses de comer, E então chegou esse pedinte, Sim, De que mais falou, que o tempo deu sem dúvida para mais, Que o Senhor me conceda todos os filhos que tu quiseres, Que tens aí na tigela, para que dessa maneira brilhe, Terra tenho, O húmus é negro, a argila verde, a areia branca, dos três só a areia brilha se lhe dá o sol, e agora é noite, Sou mulher, não sei explicar, ele tomou a terra do chão e lançou-a dentro, ao mesmo tempo disse as palavras, A terra à terra, Sim."

(O Evangelho Segundo Jesus Cristo, José Saramago)


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