
Há duas espécies fundamentais de fofoqueiros: os orgulhosos, que desprezam a pessoa que estão criticando. A esta espécie de fofocador se pode perguntar: se o outro é tão desprezível por que você se incomoda com ele? A segunda classe é a dos ostensivamente invejosos. A o fazer a fofoca, mostram no olhar e no rosto alguma coisa de espanto e de perplexidade. Estes são mais honestos, sabem fingir menos, ou não percebem o que estão mostrando! A cara dos dois, porém, diz a mesma coisa.
Jornais e revistas trazem principalmente retratos do que todos desejam – ou temem – e ninguém declara. A máquina de reproduzir textos começou o processo de despersonalização da fofoca – que sempre foi assunto de boca para ouvido. Às revistas coube a tarefa de fotografar e colorir as fofocas públicas. O terreno estava pronto para o cinema – que iria apresentar e representar os sonhos da humanidade.
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