segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Sensações, por Cláudia Motta.

Mulheres e homens gozam de forma diferente, e certamente nenhum dos dois poderá saber com certeza como isso acontece no outro, porque são sensações absurdamente intensas que envolvem o corpo, o cérebro e os sentimentos. Despertando ao sabor do momento a mais variada gama de prazeres. Cada pessoa precisa de um estímulo diferente, mas no fundo o que buscamos em comum com o gozo é a deliciosa sensação de completude. Estamos completos quando, nem que seja por alguns momentos, nos sentimos fundidos a outra pessoa, ao seu corpo e mais do que isso, nesses momentos nos é dado permissão para tocar a essência de que somos feitos, tocar além do visível, possuir e ser possuído na mesma intensidade trocando emoções que as palavras não conseguem descrever.

Não consigo dissociar prazer físico de outros prazeres que a companhia de um homem possa me proporcionar, só assim entendo sexo de forma ampla se não é só satisfação de uma necessidade básica, como por exemplo comer e dormir.

Sempre soube o imenso prazer que a companhia dele me dava. Depois descobri o imenso prazer que o sexo com ele me dava. Posso dizer que muito me descobri através dele, coisas que sabia mas estavam adormecidas e coisas novas que vou descobrindo em nossos encontros, o que faz com que cada encontro seja único e com o adorável sabor da “primeira vez”! Gosto de sentir isso, a sensação do novo e do inesperado. Que faz com que aos poucos, lentamente, eu me mostre porque faz parte da minha personalidade me mostrar aos poucos, deve ser por isso que adoro erotismo, é um jogo de tirar véus e a cada véu tirado outro ainda esconde até chegar à nudez absoluta de corpo e para mim mais importante de alma!

Nesse último encontro ocorreu algo totalmente novo. Estávamos esperando há muito tempo por uma chance de termos algumas horas a mais em nossas vidas para podermos desfrutar sem pressa do prazer da companhia um do outro. E inesperadamente conseguimos ter só para nós dois dias, dois dias de um imenso prazer, que precisamos dividir entre almoço, passeio, muita conversa e café, para matar as saudades digamos intelectual e outro dia para irmos para a cama e matar a imensa saudade física, não só de sexo mas de beijos e abraços e trocas mais íntimas de carinho que não podemos realizar em público, porque quando começamos é quase que impossível parar.

Chegamos ao motel e como sempre o tesão entre nós era imenso. Enquanto nos beijávamos fomos nos livrando das roupas, sentia sua boca e língua na minha, suas mãos segurado com força minha nuca e percorrendo minhas costas, enquanto saboreava o imenso prazer que o cheiro de sua loção após barba me proporciona, deslizava minhas mãos pelo seu peito adoro sentir os pelos de seu peito.

As mãos dele atrevidamente (como sempre) deslizaram para meu sexo, inteiramente molhado e enquanto seu dedo massageavam delicada mas firmemente meu clitóris, o outro era introduzido em minha vagina o que provocou um gozo quase que imediato, ainda estávamos de pé e eu segurava com firmeza o seu pau. Amo a sensação de sentir seu pau em minha mão, senti-lo endurecer aos poucos, nessa hora tenho a certeza palpável do desejo que ele sente por mim. Penso que para muitas mulheres essa é a hora que nos sentimos de fato poderosas, é quase como se o membro do homem se erguesse para nos reverenciar, e isso dá um puta prazer….

Palavras, para mim tem um poder imenso, me seduzem, me excitam, me fazem perder o controle…. E ele sabe usá-las, adoro ouvir como ele pede permissão para entrar em mim e ao mesmo tempo me toma selvagem me possuindo primeiro pelas palavras e depois pelo sexo!

Quase impossível descrever a sensação, é como se naquela hora o tempo parasse, não existe som, luz e nada a não ser uma explosão de prazer absurdamente intensa. Não sei se falei alguma coisa, não sei se o segurei com força, não tinha o menor controle. Tudo que podia e queria fazer era gozar, gozar e me perder de mim!

Ele percebeu a intensidade de meu gozo e continuava a enfiar seu pau agora procurando alternar os movimentos entre suaves e violentos, mexia os quadris provocando ainda mais a minha excitação….

Não sei dizer quanto tempo isso durou. Tempo, mas o que importava isso se naquele momento me sentia imortal?


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