sábado, 25 de setembro de 2010

MANIFESTO EM DEFESA DA DEMOCRACIA ou Peteleco é o cara!

Documento assinado por Hélio Bicudo, Carlos Velloso, Leôncio Martins Rodrigues, José Arthur Gianotti, José Álvaro Moisés, Lourdes Sola, Ferreira Gullar, d. Paulo Evaristo Arns, Marco Antonio Villa, Bóris Fausto, Celso Lafer, Carlos Vereza, Mauro Mendonça, Rosamaria Murtinho entre outros.
"Em uma democracia, nenhum dos Poderes é soberano. Soberana é a Constituição, pois é ela quem dá corpo e alma à soberania do povo. Acima dos políticos estão as instituições, pilares do regime democrático. Hoje, no Brasil, os inconformados com a democracia representativa se organizam no governo para solapar o regime democrático.

É intolerável assistir ao uso de órgãos do Estado como extensão de um partido político, máquina de violação de sigilos e de agressão a direitos individuais.

É inaceitável que a militância partidária tenha convertido os órgãos da administração direta, empresas estatais e fundos de pensão em centros de produção de dossiês contra adversários políticos.

É lamentável que o Presidente esconda no governo que vemos o governo que não vemos, no qual as relações de compadrio e da fisiologia, quando não escandalosamente familiares, arbitram os altos interesses do país, negando-se a qualquer controle.

É inconcebível que uma das mais importantes democracias do mundo seja assombrada por uma forma de autoritarismo hipócrita, que, na certeza da impunidade, já não se preocupa mais nem mesmo em fingir honestidade.

É constrangedor que o Presidente da República não entenda que o seu cargo deve ser exercido em sua plenitude nas vinte e quatro horas do dia. Não há "depois do expediente" para um Chefe de Estado. É constrangedor também que ele não tenha a compostura de separar o homem de Estado do homem de partido, pondo-se a aviltar os seus adversários políticos com linguagem inaceitável, incompatível com o decoro do cargo, numa manifestação escancarada de abuso de poder político e de uso da máquina oficial em favor de uma candidatura. Ele não vê no "outro" um adversário que deve ser vencido segundo regras da Democracia , mas um inimigo que tem de ser eliminado.

É aviltante que o governo estimule e financie a ação de grupos que pedem abertamente restrições à liberdade de imprensa, propondo mecanismos autoritários de submissão de jornalistas e empresas de comunicação às determinações de um partido político e de seus interesses.

É repugnante que essa mesma máquina oficial de publicidade tenha sido mobilizada para reescrever a História, procurando desmerecer o trabalho de brasileiros e brasileiras que construíram as bases da estabilidade econômica e política, com o fim da inflação, a democratização do crédito, a expansão da telefonia e outras transformações que tantos benefícios trouxeram ao nosso povo.
É um insulto à República que o Poder Legislativo seja tratado como mera extensão do Executivo, explicitando o intento de encabrestar o Senado. É um escárnio que o mesmo Presidente lamente publicamente o fato de ter de se submeter às decisões do Poder Judiciário.

Cumpre-nos, pois, combater essa visão regressiva do processo político, que supõe que o poder conquistado nas urnas ou a popularidade de um líder lhe conferem licença para rasgar a Constituição e as leis. Propomos uma firme mobilização em favor de sua preservação, repudiando a ação daqueles que hoje usam de subterfúgios para solapá-las. É preciso brecar essa marcha para o autoritarismo.
Brasileiros erguem sua voz em defesa da Constituição, das instituições e da legalidade.

Não precisamos de soberanos com pretensões paternas, mas de democratas convictos."


Sugestão de Itamir Sampaio

Resenha do dia: Fãs de Bon Jovi criam abaixo-assinado contra Fresno na abertura dos shows no Brasil

A escolha do Fresno como banda de abertura dos esperadíssimos shows do Bon Jovi - dia 6 de outubro em São Paulo, e dia 8 de outubro no Rio de Janeiro - gerou milhares de comentários indignados na internet. Na comunidade "Bon Jovi - Brasil", do Orkut, os internautas lançaram a campanha "Assista ao show (do Fresno) de costas". Até o momento, 800 membros estão a favor da atitude.

"Vou assistir ao show do Fresno de costas, pode contar comigo!!!", disse Pedro, um dos participantes.

Já na comunidade "Bon Jovi", cerca de 200 comentários foram publicados desde que a produtora Time for fun confirmou a notícia, esclarecendo que a própria banda americana foi a responsável pela escolha do Fresno.

"Deus me livre de ser o Fresno! Nunca quis ver um show desses caras e espero não ser obrigada! Não tem banda brasileira (conhecida, pelo menos) que faça um som com um estilo parecido. Lembro que em 1995 houve um boato que o Firehouse abriria, seria muito legal (na minha opinião). Se for pra ser uma banda nada a ver, prefiro sem abertura mesmo", disse a internauta identificada como Lana.

Além disso, um
abaixo-assinado foi criado para cancelar o show de abertura. Até o fechamento desta matéria, mais de 100 pessoas já tinham aderido.

"Sei que seremos vaiados, mas não estamos nem aí, pois estaremos com fone" , disse Lucas, vocalista da banda Fresno.


Discurso de Deus a Eva [Millôr Fernandes]

"... Eva, de repente, descobrindo uma bela cascata, resolveu tomar um banho de rio. A criação inteira veio então espiar aquela coisa linda que ninguém conhecia. E quando Eva saiu do banho, toda molhada, naquele mundo inaugural, naquela manhã primeval, estava realmente tão maravilhosa que os anjos, arcanjos e querubins, ao verem a primeira mulher nua sobre a Terra, não se contiveram, começaram a bater palmas e a gritar, entusiasmados: "O AUTOR! O AUTOR! O AUTOR!".


"P.S. - Este discurso do Todo-Poderoso está sendo divulgado pela primeira vez em todos os tempos, aqui neste livro. Nunca foi publicado antes, nem mesmo pelo seu órgão oficial, A BÍBLIA."

"Minha cara,

eu te criei porque o mundo estava meio vazio, e o homem, solitário. O Paraíso era perfeito e, portanto, sem futuro. As árvores, ninguém para criticá-las; os jardins, ninguém para modificá-los; as cobras, ninguém para ouvi-las. Foi por isso que eu te fiz. Ele nem percebeu e custará os séculos para percebê-lo. É lento, o homenzinho. Mas, hás de compreender, foi a primeira criatura humana que fiz em toda a minha vida. Tive que usar argila, material precário, embora maleável. Já em ti usei a cartilagem de Adão, matéria mais difícil de trabalhar, mais teimosa, porém mais nobre. Caprichei em tuas cordas vocais, poderás falar mais, e mais suavemente. Teu corpo é mais bem acabado, mais liso, mais redondo, mais móvel, e nele coloquei alguns detalhes que, penso, vão fazer muito sucesso pelos tempos a fora. Olha Adão enquanto dorme; é teu. Ele pensara que és dele. Tu o dominarás sempre. Como escrava, como mãe, como mulher, concubina, vizinha, mulher do vizinho. Os deuses, meus descendentes; os profetas, meus public-relations, os legisladores, meus advogados; proibir-te-ão como luxúria, como adultério, como crime, e até como atentado ao pudor! Mas eles próprios não resistirão e chorarão como santos depois de pecarem contigo; como hereges, depois de, nos teus braços, negarem as próprias crenças; como traidores, depois de modificarem a Lei para servir-te. E tu, só de meneios, viverás.

Nasces sábia, na certeza de todos os teus recursos, enquanto o Homem, rude e primário, terá que se esforçar a vida inteira para adquirir um pouco de bens que depositará humildemente no teu leito. Vai! Quando perguntei a ele se queria uma Mulher, e lhe expliquei que era um prazer acima de todos os outros, ele perguntou se era um banho de rio ainda melhor. Eu ri. O homem e um simplório. Ou um cínico. Ainda não o entendi bem, eu que o fiz, imagina agora os seus semelhantes.

Olha, ele acorda. Vai. Dá-me um beijo e vai. Hmmmm, eu não pensava que fosse tão bom. Hmmmm, ótimol Vai, vai! Não é a mim que você deve tentar, menina! Vai, ele acorda. Vem vindo para cá. Olha a cara de espanto que faz. Sorri! Ah, eu vou me divertir muito nestes próximos séculos!"


Reconheça: Wilson Aragão

Wilson Oliveira Aragão (25 de abril de 1950) é um cantor e compositor brasileiro. Com 20 anos de carreira, 04 (quatro) CD's gravados, participação de várias coletâneas, autor de sucessos como “Capim-Guiné”, gravada por Raul Seixas e Tânia Alves e “Guerra de Facão” gravada por Zé Ramalho, Falcão, Antonio Rocha e outros artistas brasileiros.

Nascido na cidade de Piritiba/BA, no sertão baiano, começou cantando na adolescência em corais de igreja e de colégio. Mais tarde ganhou o mundo: São Paulo, Salvador, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraíba, Piauí, Pará e outros estados, fazendo shows e divulgando seus trabalhos em rádios e televisões.


A sua música fala, principalmente, do homem do campo, suas lutas e anseios, seus amores e dissabores. Seus ritmos passeiam por baladas, xotes, martelos, galopes e canções.


Tem como Pátria o sertão baiano, inspiração do seu cancioneiro, sempre voltado para a dignidade, humildade e sapiência do sertanejo. Aragão já faz parte do grande São João e cantorias pelos sertões nordestinos, tornando-se parte da vida poética da Bahia.


Em seu vasto trabalho, já teve parcerias com grandes nomes da música brasileira, dentre esses nomes está o do inesquecível Raul Seixas com a canção Capim Guiné, título do seu primeiro disco, hoje em CD.


Este poeta-cantador, faz as suas andanças, sempre irreverente, levando consigo vários "causos" que, sempre bem contados, despertam, no povo, o sentido alegre da vida após um dia de batalha e é respeitado por todos os cantadores pela grande luta por uma música de qualidade.




A linguagem do videoclipe, por Guilherme Bryan.



Michael Jackson e videoclipe: o que isso tem a ver?


Guilherme Bryan – O Michael Jackson revolucionou os videoclipes e fez deles algo realmente fundamental não só para a divulgação de uma canção e seu disco, mas também de um estilo, postura e modo de comportamento. Além disso, foi o primeiro artista negro a ser exibido no horário nobre da MTV. Com Thriller, ele demonstrou que valia a pena investir muito e contratar grandes profissionais para realizar videoclipes. Em Black or White, o diretor John Landis consagrou a técnica do morphing, em que rostos se transformam em outros. Em Bad, o diretor Martin Scorsese realizou uma espécie de West Side Story dos anos 80. Isso sem esquecer, é claro, que Spike Lee filmou Michael Jackson no Morro Dona Marta, no Rio, e no Pelourinho, em Salvador, com o Olodum, para o clipe They Don’t Care About Us.

Como você definiria a estética do videoclipe?

Guilherme Bryan – Sinceramente, não sei se essa estética realmente existe. Acho que cada videoclipe possui a sua própria estética. De maneira mais ampla, é possível dizer que o videoclipe é um gênero audiovisual relativamente curto – dura, em média, de 2 a 3 minutos – e gira em torno de uma única canção específica. Ou seja, são criadas imagens para ilustrar uma única canção. Geralmente, nos videoclipes, os cortes são secos e muitos. Possui o que se denomina como “edição picotada”, que, posteriormente, viria a influenciar o cinema, a publicidade e outros gêneros televisivos.



Esse formato ainda é uma característica das produções atuais?


Guilherme Bryan – O videoclipe mostrou-se, ao longo dos anos, ser o gênero que melhor se adapta aos diferentes espaços de divulgação, seja na televisão, no cinema, no telefone celular e na internet, por ser relativamente curto e encantar em poucos segundos. Ou seja, é possível ver um videoclipe em qualquer lugar sem que isso implique em muita perda de qualidade. Por outro lado, imagine ver um filme de longa-metragem no telefone celular. É praticamente impossível.

A história do videoclipe pode ser dividida em etapas?

Guilherme Bryan – A história do videoclipe mundial com certeza se divide em antes e depois do surgimento da MTV, em 1981, pois ela se tornou o espaço por excelência para exibição dele. Outra etapa importante aconteceu no início dos anos 90, com a entrada em cena de diretores que fizeram do videoclipe um excelente espaço para experimentações, radicalizando nessas experiências mais do que os diretores anteriores. Esse é o caso de Michel Gondry, Spike Jonze, David Cunningham e Valerie Faries e Jonathan Dayton. Outra mudança ocorreu na metade dessa década, quando o videoclipe passou a ser realizado com orçamentos menores, destinado à exibição principalmente pela internet. No Brasil, localizo três fases: os videoclipes do programa Fantástico, da TV Globo; os videoclipes do videomakers com suas produtoras; e a fase posterior ao surgimento da MTV Brasil.




O videoclipe ainda exerce influencia sobre os jovens?


Guilherme Bryan – O videoclipe sempre influenciou e acredito que continuará influenciando os jovens do mundo todo, pois eles podem se identificar com o estilo de um determinado artista ali, seja pela indumentária utilizada, seja pelos gestuais.

Qual é a função dos videoclipes?

Guilherme Bryan – Os videoclipes continuam com a mesma função. Eles possuem, em si, duas vertentes complementares: a vertente promocional, que visa a divulgar uma canção e seu artista para atrair mais compradores para o disco do qual ele faz parte; e a vertente artística, que serve de espaço de experimentação para realizadores de audiovisuais.

A cultura digital modificou a produção dos videoclipes?

Guilherme Bryan – A cultura digital revolucionou toda a produção audiovisual e, portanto, também o videoclipe, a partir do momento em que modificou completamente a maneira de se realizar, principalmente na edição, esse tipo de produção.

Você arriscaria alguma projeção dos videoclipes para daqui a alguns anos?

Guilherme Bryan – Acredito que cada vez mais os videoclipes serão exibidos na televisão, no celular, na internet etc. Acho que ele continuará influenciando o comportamento dos jovens no mundo todo.




O Pão [Francis Ponge]

Tradução: Manuel Gusmão

A superfície do pão é maravilhosa primeiro por causa desta impressão quase panorâmica que dá: como se tivesse ao dispor, sob a mão, os Alpes, o Taurus ou a Cordilheira dos Andes.

Assim pois uma massa amorfa enquanto arrota foi introduzida para nós no forno estelar, onde, endurecendo, se afeiçoou em vales, cumes, ondulações, ravinas... E todos esses planos desde então tão nitidamente articulados, essas lajes finas em que a luz aplicadamente deita os seus lumes, - sem um olhar sequer para a flacidez ignóbil subjacente.


Esse lasso e frio subsolo que se chama o miolo tem o seu tecido semelhante ao das esponjas: folhas ou flores são aí como irmãs siamesas soldadas por todos os cotovelos ao mesmo tempo. Logo que o pão endurece essas flores murcham murcham e contraem-se: destacam-se então umas das outras e a massa torna-se por isso friável.


Mas quebremo-la, calemo-nos: porque o pão deve ser a nossa boca menos objecto de respeito do que de refeição.



O funcionamento do coração.

No homem, a circulação é feita através de um sistema fechado de vasos sanguíneos, cujo centro funcional é o coração.
O coração é um órgão musculoso oco, o miocárdio, com fibras estriadas, revestido externamente pelo pericárdio (serosa). O coração é do tamanho aproximado de um punho fechado e com peso em média de 400 g, tem cerca de 12 cm de comprimento por 8 a 9 cm de largura. O coração quase sempre continua a crescer em massa e tamanho até um período avançado da vida; este aumento pode ser patológico.

Localização e funcionamento

O coração se localiza no meio do peito, sob o osso esterno, ligeiramente deslocado para a esquerda. Ocupa no tórax, a região conhecida como mediastino médio. O coração funciona como uma bomba, recebendo o sangue das veias e impulsionando-o para as artérias.
Divisão do coração
O coração é dividido por um septo vertical em duas metades. Cada metade é formada de duas câmaras; uma aurícula superior e um ventrículo inferior. Entre cada câmara há uma válvula, a tricúspide do lado direito, e a bicúspide do lado esquerdo. Estas válvulas abrem-se em direção dos ventrículos, durante a contração das aurículas. Na aurícula direita chegam as veias cava superior e inferior, e na aurícula esquerda, as quatro veias pulmonares. Do ventrículo direito sai a artéria pulmonar e do ventrículo esquerdo sai a artéria aorta.

Estrutura e funções

A atividade do coração consiste na alternância da contração (sístole) e do relaxamento (diástole) das paredes musculares das aurículas e ventrículos. Durante o período de relaxamento, o sangue flui das veias para as duas aurículas, dilatando-as de forma gradual. Ao final deste período, suas paredes se contraem e impulsionam todo o seu conteúdo para os ventrículos.
A sístole ventricular segue-se imediatamente a sístole auricular. A contração ventricular é mais lenta e mais energética. As cavidades ventriculares se esvaziam quase que por completo com cada sístole, depois, o coração fica em um completo repouso durante um breve espaço de tempo. A freqüência cardíaca normal é de 72 batimentos por minuto, em situação de repouso.
Para evitar que o sangue, impulsionado dos ventrículos durante a sístole, reflua durante a diástole, há válvulas localizadas junto aos orifícios de abertura da artéria aorta e da artéria pulmonar, chamadas válvulas semilunares. Outras válvulas que impedem o refluxo do sangue são a válvula tricúspide, situada entre a aurícula e o ventrículo direito, e a válvula bicúspide ou mitral, entre a aurícula e o ventrículo esquerdo.
A freqüência das batidas do coração é controlada pelo sistema nervoso vegetativo, de modo que o simpático aacelera e o sistema parassimpático a retarda.
Doenças do coração

As doenças cardíacas são as principais causas de mortalidade nos países desenvolvidos. Podem ocorrer em conseqüência de defeitos congênitos, infecções, estreitamento das artérias coronárias, hipertensão ou alterações no ritmo cardíaco.
A principal forma de doença cardíaca nos países ocidentais é a arteriosclerose. O acúmulo de depósito de material lipídico - colesterol - pode causar uma obstrução que tampa as artérias (trombose). Esta é a causa mais importante de um ataque cardíaco, ou infarto do miocárdio, que tem conseqüências mortais com freqüência.
A alteração do ritmo cardíaco normal (arritmia) é a causa imediata de morte em muitos infartos do miocárdio.
O problema mais grave é o bloqueio cardíaco completo. Este pode ser corrigido pela implantação de um marcapasso artificial (um dispositivo que emite descargas elétricas rítmicas), para provocar a contração regular do músculo cardíaco.

Folhas soltas do Vivaldo da Costa Lima.



DOS MUITOS LÍDERES religiosos que exerciam, com maior ou menor influência comunitária, papéis importantes nos candomblés da Bahia, nos anos de 1930, dois se destacavam de maneira indiscutível: o babalaô Martiniano Eliseu do Bonfim e a ialorixá Eugênia Ana dos Santos, Aninha, do Centro Cruz Santa do Axé do Opô Afonjá.

Suas personalidades transcendiam o ambiente dos terreiros e se impunham, igualmente, à sociedade inclusiva. Édison Carneiro, em artigo na edição comemorativa do 4º Centenário da Cidade do Salvador do jornal A Tarde, em 29 de março de 1949 - "Lembrança do negro na Bahia" (republicado, em 1964, no livro Ladinos e crioulos), falando da "extraordinária importância para a nacionalidade da contribuição do negro", diz: "Esta contribuição se estendeu, com intensidade variável, a todos os campos da atividade humana, entre os quais a luta política pela reforma da sociedade, produzindo figuras eminentes, com os pardos da Teodoro Sampaio, Martiniano do Bonfim e Aninha". Carneiro estava certo em incluir esses dois líderes religiosos, por sua intensa atuação na sociedade global, no plano da influência política, no sentido atual e abrangente do conceito de política.
Carneiro foi amigo de ambos, de Martiniano e de Aninha. O babalaô é mencionado muitas vezes nas cartas dessa Correspondência e Aninha, citada, embora, uma vez apenas, o foi de um modo que resume sua personalidade forte e sensível. Na carta de 8 de janeiro de 1938, Nelson Carneiro informa a Artur Ramos: "Morreu há dias, D. Aninha, do Opô Afonjá, braço do Congresso, sua admiradora". Pode-se imaginar quanto terá custado a Édison Carneiro resumir, nesta curta frase, carregada de intenções, todos os sentidos de respeito e gratidão que mantinha pela falecida ialorixá, desde a ajuda que ela lhe prestou na realização do Congresso até o'santuário que lhe concedeu, no seu terreiro de São Gonçalo, no fim do ano de 1937, quando Carneiro ali se refugiou da perseguição da polícia política. Este fato, lembrado por Carneiro a Senhora e seus Obás, muitos anos depois, é também mencionado no livro de Deoscóredes M. Santos, filho de Senhora, Açobá do terreiro, no seu livro Axé Opô Afonjá:
Em fins de 1937, com a proclamação do Estado Novo, o escritor e etnógrafo Édison Carneiro, sendo perseguido, refugiou-se no terreiro, tendo Mãe Aninha encarregou Senhora de velar por ele, lhe prestar assistência. Esse fato por muitos anos foi conhecido apenas de Aninha e Senhora, até que o mesmo Édison Carneiro deu-lhe divulgação pública.

Nas suas cartas a Ramos, Carneiro tinha que ser discreto e não aludir a fatos e situações que pudessem vir a comprometer seus amigos dos candomblés.
"Nessas duas figuras singulares bem se poderiam identificar as clássicas categorias weberianas da legitimação do poder ..."

Martiniano e Aninha são atualmente nomes lembrados na tradição oral de todos os terreiros da Bahia, mitificados já, na lembrança da "gente-de-santo", dos que os conheceram em vida e dos que ouviram contar histórias de seu poder, de seu conhecimento, de seu imenso prestígio. Nessas duas figuras singulares bem se poderiam identificar as clássicas categorias weberianas da legitimação do poder, no caso, do poder teocrático exercido pelos pais e mães dos terreiros da Bahia: eram eles pessoas que conheciam suas origens étnicas e culturais. Dotados de um superior conhecimento das tradições e reconhecidos por toda a gente como detentores legítimos do saber religioso, dos "fundamentos" como se diz na linguagem dos terreiros; formados nos rigorosos cânones do ritual, dos sacrifícios, do questionamento do destino, das cosmogonias, das teogonias e da ação corretora das normas - Martiniano e Aninha eram ainda dotados de uma aura carismática emanada de suas personalidades poderosas, plenas de sabedoria e de mistério. Viveram queridos, respeitados e temidos. E hoje são lembrados e reverenciados na memória dos terreiros como verdadeiros heróis culturais de sua gente.

Martiniano e Aninha foram as figuras mais importantes e prestigiosas do candomblé da Bahia naquela época. Além de Ramos e Carneiro, muitos outros pesquisadores procuravam conhecer e entrevistar o sábio babalaô e a famosa mãe-de-santo. Carneiro serviu de intermediário a vários desses encontros, especialmente com Martiniano. Num artigo introdutório como esse devo, contudo, necessariamente, limitar-me a um levantamento seletivo das muitas fontes escritas que se referem a Martiniano e a Aninha, e a alguns depoimentos pessoais de antigos dignitários dos terreiros - pais e mães-de-santo, ogãs, obas, ebômes - que os conheceram em vida. Destes últimos, no caso de Aninha, três são de filhas-de-santo suas: Maria Bibiana do Espírito Santo, Senhora, Mãe do Axé do Opô Afonjá, que era, ainda, bisneta da própria mãe-de-santo de Aninha - Marcelina da Silva, Obá Tossi; Ondina Valéria Pimentel, filha do Balé Xangô José Teodoro Pimentel, Iáquequerê do Opô Afonjá e, com a morte de Senhora, sua sucessora naquele terreiro; e Isolina Ataíde de Araújo, Zozó, Mãe do Candomblé Ilê Babá Omin. Sobre Aninha, ainda, o do Obá Abiodum, Arquelau Manuel de Abreu, parente de Aninha e o de Deoscóredes Maximiliano dos Santos, Didi, filho da ialorixá Senhora; seu livro, Axé Opô Afonjá é uma indispensável referência para a história daquela casa. Quanto a Martiniano, muito importantes foram os depoimentos do Oba Até de São Gonçalo, Miguel Arcanjo Barradas de Santana e do seu filho, o Obá Cancanfô, Antônio Albérico Santana, dentre outros informantes válidos.

Sr. Rolando [Brasil] Boldrin



Rolando Boldrin, você é a própria imagem da brasilidade na TV, Fale um pouco desse Brasil de raiz que você criou, ou revelou a todos…

Rolando Boldrin:
Bom,… eu nem costumo usar a palavra raiz porque se usar a palavra raiz, tudo é raiz – quando eu vejo um programa de televisão que enfoca a música sertaneja… ali eles falam em raiz, eu percebo que eles sempre dizem isso – não é o meu caso,– eu trabalho com o Brasil… não a raiz – eu trabalho o Brasil, o Brasil moderno, o Brasil de hoje, o Brasil de ontem, o Brasil de anteontem, eu misturo tudo…
Os meus programas não usam datas – eu não costumo me apegar a datas, não faço um especial para alguma data comemorativa, não faço programa de Natal, nem de Dia das Mães…
E não faço porque? Porque o programa é atemporal…
A mesma coisa é a idéia – Brasil é muita coisa, a música, a literatura, eu não vou ficar só pensando no Guimarães Rosa, eu vou pensar no cara que escreve hoje, que faz um livro, que conta histórias… a palavra raiz eu não falo; e eu gosto da palavra mas eu gosto de usar a palavra como raiz de planta… como raiz de pé no chão…

O seu programa, que muitos assistem no Brasil todo, não se limita a artistas já consagrados, eles estão lá, mas há outros, o programa busca e revela novos valores de todo canto do País, como você faz essa pesquisa ou eles chegam espontaneamente ao programa?

Rolando Boldrin:
Há muito tempo atrás, quando eu iniciei o processo desse programa na (Rede) Globo – que se chamava Som Brasil; o programa começou a ser feito pelo meu conhecimento dos artistas que eu achava que representavam essa cultura que eu queria mostrar.
O tempo, é claro, foi fortalecendo essa idéia, o programa foi tomando corpo em material de divulgação e aí começou a virar uma bola de neve…
Os artistas, eles mesmo, começam a aparecer, outros mostram seus trabalhos, outros artistas indicam talentos que eles conhecem, e aí virou uma bola de neve… A coisa cresceu…
Hoje eu tenho um material que daria para fazer, sem sombra de dúvida, uns cinco programas, segmentados, mas semelhantes ao meu… o Brasil é muito rico, culturalmente, basta olhar em volta…

Falando em Brasil, você carrega o título de SR. BRASIL – quanto custa isso para você?... pode parecer que é só benefício, mas não pode conter também uma certa carga de preconceito?

Rolando Boldrin:
Eu não sinto peso nenhum. Não sinto carga nenhuma porque o meu País é tão rico… e tão puro, tão maravilhoso, possui tanta diversidade, que ninguém vai me cobrar nada…
O que eu falo, o que eu canto é o que existe, então não tenho qualquer problema desse tipo, de ser discriminado…
É duro falar sobre isso? Eu vou sozinho falar sobre isso? Não, eu não estou sozinho, eu tenho uma legião junto comigo.
É claro que existe a mídia, mas a gente não conta com a mídia, esse tipo de trabalho que eu desenvolvo no meu projeto, ele não conta com a mídia… a mídia maior, eu quero dizer. A única diferença é essa.
Se você gravar um disco pelo meu jeito de lançar no mercado, ele não vai vender um milhão de cópias mas ele vai vender, por exemplo, cem mil cópias a quem realmente interessa essas cem mil cópias…

Percebe-se ao assistir o programa uma grande sinergia – a música, a poesia, a literatura, o artesanato popular – o filtro é o SR. BRASIL?

Rolando Boldrin:
É… ali só tem SR. BRASIL. O grande achado para esse projeto que encabeço é a emoção. Eu trabalho com a emoção, eu estou falando aqui com você e logo fico emocionado.
Eu falo do meu país com emoção, eu falo com carinho. Quando me proponho no programa a mostrar, a cantar a minha terra, sempre faço com amor, com muita emoção. E essa emoção passa para os artistas no desenrolar do programa. Já aconteceu com muitos artistas que nem imaginavam que suas apresentações no SR. BRASIL fossem acontecer de maneira tão emocional, que tivessem tanta energia…
Eu costumo dizer no inicio da gravação de cada programa, eu falo isso em off, quando a gravação ainda não está acontecendo… eu converso um pouquinho com o público e falo que ali há uma energia que vem dos grandes artistas que já “embarcaram fora do combinado”, que “viajaram fora do combinado” e que fizeram a história dessa cultura popular, seja num disco, seja num livro…
A cenógrafa do programa SR. BRASIL que é a Patrícia Maia, fez um conjunto de retratos desses artistas e colocou-os ao lado da platéia, nas paredes laterais da platéia, deve ter ali uns setenta artistas representados – ali estão desde escritores como Guimarães Rosa até o sambista Noel Rosa. É esse tipo de energia que a gente capta.
Eu digo ao público que o que será feito no palco foi esse pessoal que plantou, a tal raiz está aí – é o Brasil inteiro e essa emoção passa isso.

Você é muito percebido pela música, a gente vê isso pela história da Gaveta (conjunto de 8 CDs de música brasileira colocados numa caixa-gaveta), pelos CDs de música gravados, mas você é… um artista, um músico, um cantor, um escritor, um apresentador ou um pesquisador cultural? Quem é você, Rolando Boldrin?

Rolando Boldrin:
Eu não sou nada disso que você falou…
Eu sou um ator, que canta um pouco, mas não sou um cantor, eu digo que sou um cantador, eu sou um ator que compõe (mas também não sou nenhum Chico Buarque); sou um ator que faz cinema (não sou nenhum Grande Otelo), mas já com vários filmes realizados e muitos prêmios como ator; já fui um ator de telenovelas da grande mídia de telenovelas; então eu faço um pouquinho de cada coisa; escrevi quatro livros…
Eu costumo dizer que tenho uma filha, três netos, dois bisnetos e já plantei uma árvore, uma mangueira, no caroço…
Um dia eu chupei uma manga, sequei o caroço, plantei numa latinha com adubo, ela germinou, eu a tirei da latinha e plantei na terra, num pequeno sítio que eu tinha, ela cresceu, eu vendi esse sítio e lá deixei tudo, menos essa mangueira que eu tinha plantado… eu a levei para uma nova casa, replantei no quintal e ela deu os primeiros frutos…
Eu chupei de novo a mesma manga que eu plantara, na sombra da mangueira, aos prantos…
Eu plantei tudo isso… Eu faço um pouquinho de cada coisa. Eu sou apenas um plantador de mangueira.

sábado, 18 de setembro de 2010

Síntese do Dia: Egoísmo

O egoísmo tem a sua fonte no orgulho preso que está a um sentimento natural: o instinto de conservação. Todos os instintos têm sua razão de ser e sua utilidade. De nenhum modo Deus criou o homem egoísta e orgulhoso; criou-o simples e ignorante; foi o homem que se fez egoísta e orgulhoso exagerando o instinto que Deus lhe deu para a sua conservação.

Os homens não podem ser felizes se não vivem em paz, quer dizer, se não estão animados de um sentimento de benevolência, de indulgência e de condescendência recíprocos. A caridade e a fraternidade resumem todas as condições e todos os deveres sociais; mas supõem a abnegação; ora, a abnegação é incompatível com o egoísmo e o orgulho; portanto, com seus vícios nada de verdadeira fraternidade, partindo, da igualdade e da liberdade, porque o egoísta e o orgulhoso querem tudo para eles.

Destruir o egoísmo e o orgulho é coisa impossível, dir-se-á, porque esses vícios são inerentes à espécie humana. Se isso fora assim, seria necessário desesperar de todo o progresso moral; no entanto, quando se considera a pessoa em suas diferentes idades, não 
se pode desconhecer um progresso evidente: portanto, se ela progrediu, pode progredir ainda. Se, pois, o egoísmo e o orgulho estivessem nas condições necessárias à Humanidade, como as de se nutrir para viver, não haveria exceções; o ponto essencial é, pois, chegar a fazer a exceção passar ao estado de regra; para isso, antes de tudo, trata-se de destruir as causas que produzem e sustentam o mal.

A principal dessas causas se liga, evidentemente, à falsa idéia que o homem faz de sua natureza, de seu passado e de seu futuro. Não sabendo de onde vem, se crê mais do que não o é; não sabendo para onde vai, concentra todo o seu pensamento sobre a vida terrestre; ele a vê tão agradável quanto possível; quer todas as satisfações, todos os gozos: é porque caminha, sem escrúpulos, sobre o seu vizinho, se este lhe faz obstáculo; mas, para isso, é necessário que ele domine; a igualdade daria a outros direitos que quer ter sozinho; a fraternidade lhe imporia sacrifícios que estariam em detrimento de seu bem-estar; a liberdade, ele a quer para si, e não a concede, aos outros, senão quando ela não leve nenhum prejuízo às suas prerrogativas. Tendo cada um as mesmas pretensões, disso resultam conflitos perpétuos, que fazem pagar bem caro alguns dos gozos que venham a se proporcionar.


Jornal Apocalipse Now: “Cientistas fazem operação para galinha pensar que é codorna”

Um grupo de cientistas da City University em Nova York operou galinhas para fazê-las pensar que são codornas. A equipe do professor Evan Balaban descobriu as partes do cérebro das codornas que são responsáveis pelos seus movimentos e sons. Evan implantou tecido nervoso no cérebro de galinhas que ainda estavam por nascer, dentro de ovos. Ao nascerem, os animais preferiam seguir codornas em vez da “mamãe” galinha. Em 1988, o grupo já tinha feito uma experiência parecida, implantando somente as células responsáveis pelos sons, o que fez as galinhas piarem como codornas. Os animais foram mortos 14 dias depois do experimento. “Isso nos ensinou como o cérebro produz o comportamento dos seres”, disse Balaban.



Peça que a gente passa: N’Sync.






Ai, que saudade eu tenho do N’Sync!!!


Poxa, toda minha adolescência eu passei ouvindo e embalando minhas paixões ao som desses meninos.


Passa aí, Cazzo, passa N’Sync pra eu ver!

(Patrícia Almeida, Arquiteta)

Aqui Jazz: Sony Rollins



Sonny Rollins nasceu em 9 de setembro de 1930 em Nova York com o nome de Theodore Walter. Ingressou na música aos onze anos através do piano e do sax alto, e por volta dos dezesseis fez sua opção definitiva pelo sax tenor. Rollins começou tocando na banda de jazz do colégio e logo participaria de concertos com o gigante do jazz Thelonious Monk. Fez sua estréia discográfica em 1949, acompanhando o vocalista de bebop Babs Gonzalez. Entre o final dos anos 40 e início dos anos 50, Sonny gravou com outros grandes nomes do jazz, entre eles Charlie Parker, Bud Powell, Max Roach, Art Blakey, Fats Navarro e o Modern Jazz Quartet, além de ter tocado por um bom tempo com Miles Davis.

De 1951 a 1954 Sonny Rollins viveu um periodo muito fértil, época na qual compôs alguns de seus hits como “Oleo”, “Doxy” e “Airegin”. Em novembro de 1954 retirou-se de cena para um período de introspecção, durante o qual conseguiu se livrar de um vício em drogas. Cerca de um ano mais tarde retorna, juntando-se ao quinteto de Max Roach e Clifford Brown, sendo considerado o melhor saxofonista da segunda metade da década de 50. Rollins explora outros ritmos como o calipso em "St.Thomas" e introduz novas formas de improvisação no tema "Blue 7" do álbum Saxophone Colossus, disco de 1956 que se tornou um clássico. Em 1958, gravou outro disco notável, Freedom Now, com o baterista Max Roach e o contrabaixista Oscar Pettiford.

Entra novamente em uma fase de auto-conhecimento e recolhimento de agosto de 1959 a novembro de 1961. Durante esse período muitas vezes foi visto tocando sob a ponte de Williamsburg em Nova York. Logo depois disso, gravou o memorável álbum The Bridge.

No começo dos anos 60, flerta com o free jazz e experimenta sons novos e estranhos ao jazz. Começa a tocar cada vez mais sem acompanhamento. Em 1968 parte em uma viagem espiritual à Índia, e de 1969 a 1971 abandona o saxofone, só voltando a tocar em 1972 com músicos pouco conhecidos, experimentando com os instrumentos eletrônicos e o sax soprano. Em 1978 sai em turnê com os Milestones Jazzstars, ao lado de estrelas como McCoy Tyner, Ron Carter e Al Foster.

Apesar de seus experimentos, Sonny Rollins sempre se manteve fiel à linha bop e hard bop e mantém-se ativo até os dias atuais, saindo em frequentes turnês pelos Estados Unidos, Europa e Japão. Sonny é um dos saxtenoristas mais admirados pelos outros excutantes do instrumento. Seu som encorpado e limpo é exemplar, provando que um saxofonista pode ter um improviso impetuoso e um swing vigoroso sem perder a qualidade sonora.

A morte da alma



É assim que ela morre. A alma. Ao descobrir que aquele momento mágico já foi e nunca mais será, a alma, como o corpo, fecha os olhos para o mundo e nos tira a alegria de viver. Priva-nos de sentir todos os prazeres que já conhecemos e nos golpeia com a cegueira eterna.Primeiro isso: o prazer dos cinco sentidos... Depois a insensibilidade, a apatia total, absoluta! Separa-nos do mundo exterior para nos encerrar dentro de nós mesmos, nas nossas masmorras interiores... A alma, antes de morrer, faz com que nos tornemos nossos próprios algozes.


Aprisionados que estamos em nossas angustias, nada nem ninguém consegue nos libertar... Omitimos as palavras e emitimos sons... Choramos lágrimas que não são vistas e escrevemos frases com "as tintas da melancolia". O ocaso do sol nada mais é do que mero acaso e o amanhecer, apenas mais um dia que temos de suportar.


É assim que morre a alma... Aos poucos deixa de ser e nos anula.


Pior do que ignorar o belo é sabê-lo ser indiferente... Pior do que não sentir as emoções não é negá-las, mas delas não se aperceber... Pior, muito pior do que morrer é anestesiar a vida... Assim morre a alma... Porque num determinado momento crucial do nosso caminho, simplesmente cansamos dos embates. E desistimos de nós mesmos...

Carinhosos


"Meu coração..."

Poucos brasileiros, mesmo que os menos ilustrados, não saberão completar o verso acima. É certo que nenhuma canção esteja tão penetrada em nosso repertório popular quanto Carinhoso: Um sentimentalismo simples nas confissões de um eu devoto através da letra de João de barro, casado à deleitosa melodia de um choro jazzístico de Pixinguinha, e as mais de 200 interpretações gravadas da canção - os nomes vão dos vocais remotos de Dalva de Oliveira aos sons vanguardistas de Hermeto Pascoal - renderam a Carinhoso uma perpetuidade unânime e vezes o título de perfeita canção brasileira.


A Bravo!, conceituada revista de cultura, elegeu-a a mais essencial das canções populares do Brasil e a descreveu como "letra original e música ousada". A música, concebida pelo flautista Alfredo da Rocha Viana Filho, o Pixinguinha, em 1917, só foi gravada 11 anos depois - em versão instrumental - pois o compositor por muito tempo se sentiu envergonhado de apresentar um choro de duas partes, quando o admissível era de três; e a tão notória letra de Braguinha, como era conhecido João de barro, só surgiu em 1936, a pedido de uma atriz que a interpretaria no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.


Nada disso tornou a canção famosa. Nada, senão a insistida - por parte dos autores - gravação de Orlando Silva, que, assim como outros cantores, também hesitava em relação a Carinhoso e não abriu mão de gravar a valsa Rosa, também de autoria de Pixinguinha e que despertava maior preferência de seus intérpretes. Contra todas as desesperanças, o disco com as duas canções lançado em maio de 1937 pela Victor não só fez jus à originalidade e ao talento do compositor e do letrista, como alavancou a carreira do cantor e obteve êxito inédito em rádio e vendas.

Mesmo que minhas preferências procurem pelos variados gêneros da música brasileira e que esse seja um país tão diversificado que o termo "eclético" nunca encontra totalidade denotativa; se houvesse de dar a uma canção o nome de Brasil, essa seria Carinhoso.

Por Igor Falconieri.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Pílulas da Clínica Psico-Farmacêutica do Paulo Coelho


Assim devem fazer vocês: manterem-se loucos, mas comportados como pessoas normais. Corram o risco de ser diferentes, mas aprendam a fazê-lo sem chamar a atenção.


Algumas vezes temos que decidir entre uma coisa à que se está acostumado e outra que nos agradaria conhecer.


Quando todos os dias resultam iguais é porque o homem deixou de perceber as coisas boas que surgem em sua vida cada vez que o sol cruza o céu.


Quando cresceres, descobrirás que já defendeste mentiras, enganaste-te a ti mesmo ou sofreste por tolices. Se és um bom guerreiro, não te culparás por isso, mas também não deixarás que teus erros se repitam.


Todos os dias Deus nos dá um momento em que é possível mudar tudo o que nos faz infelizes. O instante mágico é o momento em si que pode ou não mudar toda nossa existência.


Não existe nada de completamente errado no mundo, mesmo um relógio parado, consegue estar certo duas vezes por dia.



Reconheça: The Clash

Embora o punk rock britânico seja geralmente associado apenas ao Sex Pistols, tão importantes quanto estes na definição e difusão do estilo foi a banda The Clash, menos baseada em atitude e mais baseada em conteúdo que seus companheiros de alfinetes no nariz.

Enquanto os Sex Pistols pregavam anarquia pura e simples, o Clash mostrava em suas letras críticas sociais sutis e algum esquerdismo.

Enquanto os Sex Pistols era apenas uma banda de rebeldes, o Clash era uma banda de rebeldes com uma causa. Musicalmente falando, o Clash foi capaz de evoluir bastante no decorrer de sua carreira, inclusive se aventurando em sonoridades diferentes do punk rock, flertando com o pop, reggae, ska e blues, abrindo caminho para a new wave.

A banda que deu origem ao The Clash se chamava London SS, formada em 1975 pelos guitarristas Mick Jones e Keith Lavene (que mais tarde participaria do Public Image Limited de John Lyndow), o baixista Paul Simonon e o baterista Terry Chimes (Tory Crimes). Antes haviam passado pela banda o baterista Nicky Headon e o baixista Tony James (que mais tarde participaria das bandas Generation X e Sigue Sigue Sputnik). Chamaram para os vocais Joe Strummer (John Graham Mellor) que tocava com a banda 101′ers.

O sexto homem da banda era o empresário Bernie Rhodes que sugeriu que a banda se apresentasse como guerrilheiros para chamar a atenção. A banda foi rebatizada de The Clash e logo convidada para abrir alguns shows dos Sex Pistols.

Em 1977 foi gravado o primeiro disco pela CBS, pouco antes da saida do baterista Terry Chimes que foi substituído por Nick Headon. No auge do movimento punk o álbum auto-intitulado rapidamente chegou ao topo das paradas inglesas. Rebatiam as críticas de que haviam se vendido para uma major dizendo que iriam destruir a gravadora estando dentro dela e provavam não ser o dinheiro sua principal preocupação procurando fazer com que os discos fossem vendidos na medida do possível ao preço de custo.

O fato de Joe Strummer ser um filho da classe burguesa londrina não impedia que os componentes da banda fossem constantemente presos por furto ou vandalismo. Ao mesmo tempo participavam e organizavam shows de rock com propósitos políticos, anti-racismo e socialmente engajados.

Com o segundo LP, Give ‘Em Enough Rope de 1978, conseguiram finalmente alguma repercussão no mercado americano fazendo com que o primeiro LP fosse também lançado a nível mundial. Seguiram-se duas bem sucedidas turnês na América.

A influência de novas sonoridades, principalmente o reggae, ficaria clara no terceiro LP, London Calling (curiosamente um LP duplo que foi vendido ao preço de LP simples, fato inédito até então). London Calling (que também mostrou muitas influências de rock and roll e blues, o que o levou a ser muito aceito nos Estados Unidos) foi o maior sucesso comercial da banda.

Em meio a reclamações de que lançar um LP duplo não era atitude condizente com uma banda que se dizia punk, foi gravado Sandinista!, um LP triplo (vendido ao preço de um LP duplo). O experimentalismo foi ainda mais longe, incluindo instrumentos de sopro e eletrônicos. Enquanto a popularidade da banda crescia a nível mundial os fãs ingleses passavam a abandona-los e a banda consequentemente passava a se apresentar mais na América.

O baterista Nick Headon foi demitido da banda por apresentar problemas sérios com drogas (embora a razão oficial tenha sido diferenças políticas) e para seu lugar foi chamado o antigo componente Terry Chimes. Com esta formação lançaram Combat Rock e participaram de uma péssima turnê americana, abrindo para a banda The Who (o Clash era ininterruptamente vaiado pela platéia).

Logo após a turnê Terry Chimes e Mick Jones abandonaram a banda por não concordarem com os rumos que sua música estava tomando. Foram substituídos pelo baterista Pete Howard e pelos guitarristas Vince White e Nick Sheppard. Com esta formação, em 1983, lançaram Cut The Crap, seu pior disco, execrado pela crítica e pelo público.

Enquanto a popularidade do Clash declinava Mick Jones começava a despontar com sua nova banda, Big Audio Dinamite. Joe Strummer resolveu seguir o exemplo do ex-companheiro e acabar oficialmente com o The Clash, seguindo em carreira solo. Mais tarde viriam a trabalhar juntos novamente no Big Audio Dinamite.

e-mail do ouvinte: “Pagode Baiano ofende a dignidade humana”, por Marcelo Pereira.


Através do Rebolation, o pagode erotizante feito em Salvador, que tanto incomodou meus tímpanos nos anos que eu vivia na capital das ilusões, se tornou conhecido no resto do país. Não satisfeitos em ludibriar o povo local, os trastes insistem em enganar os brasileiros de outros estados e quiçá, os estrangeiros.

Como algo tão pateta e indigno pode ser assim tão valorizado e respeitado? Simples, vivemos nos tempos em que todos os valores entraram em decadência. Para o bem da elite, que gosta de ver o pobre fazendo papel de feliz idiota.

O pagode baiano, apesar dos seus defensores afirmarem o contrário e até acusar os detratores disto, é racista e anti-pobre, pois coloca o negro pobre num contexto de ridicularização pública e erotização capenga. O negro pobre é humilhado nessa degradante forma de música e dança, colocado no papel de um mico de circo, que faz os outros rirem, enquanto passa vergonha sem saber.

Como é que existe alguém que defenda com tanto fervor esse verdadeiro ato racista de humilhação do povo pobre? E para piorar há quem ache que essa humilhante situação é uma forma de protesto do povo pobre. Para protestar precisa esfregar a bunda na cara dos outros? E para quê protestar dessa forma, se é desta forma que as elites gostam de ver o povo pobre?

Tudo no pagode baiano é ridículo: os nomes (Psirico, Parangolé, Dignow, Saiddy Bamba, Uisminofay, Guig Ghetto), a cara dos integrantes (interessante que quase todos tem cara de tarado), as músicas (quase todas mostrando uma pornografia bem agressiva) e suas coreografias, todas patéticas. Até as poses nas fotos são ridículas. Quem tem o bom senso sabe que nesse tipo de "cultura" (há quem ache que é), o negro pobre é colocado em evidente e incontestável papel de ridículo. Como se isso fosse a maneira dele "se alegrar". Deve ser a "alegria" que a elite quer que ele tenha.

Embora a maioria grave em gravadoras pequenas e façam shows em lugares idem, além de se auto-rotularem "underground baiano" (os intelectuais da música alternativa nunca gostariam de saber disso), eles são claramente apadrinhados por empresários riquíssimos e toda a postura é calculada e planejada para alienar o povo, não só pobre, mas toda a população e dar uma ilusão (antagônica, diga-se de passagem) de dignidade do povo pobre.Todos os envolvidos deveriam ser presos por crime de racismo, principalmente os próprios negros envolvidos (defender negro que erra também é racismo - todo ser humano que erra, independente de raça, deve ser punido, por causa do erro que cometeu), que inconscientemente, se revoltam com o fato de terem nascidos assim, da pior maneira, ridicularizando os colegas "de cor".

E isso é a pior forma de racismo (e eu odeio mortalmente qualquer forma de racismo), já que o próprio negro deveria se orgulhar de ter uma pele forte, resistente, bonita e de ter uma história cultural riquíssima, que excluí evidentemente essa verdadeira forma de assassinato cultural chamada pagode baiano.

Quando a sociedade se evoluir, ninguém dará ouvidos (e olhos, principalmente - como toda forma de música comercial, o pagode baiano privilegia o lado visual, através de roupas e coreografias, sua razão de existir) para essa forma de humilhação racista e 100% preconceituosa, que humilha o ser humano, sobretudo a minha querida população negra, que merece o máximo de respeito e de admiração pela sua linda (e sofrida) trajetória. Trajetória que os infelizes do pagode baiano insistem em sujar.

Resposta:

O Papo é POP!

Música pop é a trilha sonora da juventude desde os anos 50. Entender a associação entre música pop e produção cultural feita por e para adolescentes, com a nova configuração que o mundo assumiu após o final da Segunda Guerra Mundial – devido ao avanço da indústria cultural, do consumismo e das tecnologias de comunicação –, é o primeiro passo para compreender o que é a canção pop, um gênero tão abrangente e camaleônico que tem incorporado elementos do rock’n’roll ao rap.

A canção pop tem sido jovem, dançante e sexy desde as suas origens, quando surgiu como uma versão mais “adocicada” do rock. Aliás, ser musicalmente mais branda e palatável em relação a ritmos mais agressivos, em qualquer época, é uma das características fundamentais da música pop. Além disso, ter letras fáceis de memorizar e refrões grudentos em sua poética é outro elemento dominante, assim como apresentar predominantemente temas românticos. Por fim, a canção pop procura ser popular, muito popular, seja por meio dos mecanismos da indústria cultural ou, nas últimas décadas, através das possibilidades oferecidas pela Internet.

O pop começa a se tornar um gênero musical com relevância estética e comercial junto com o rock na década de 50. Nos anos 70, a ascensão da música e da cultura da discoteca mostrou o sucesso das características dançantes e dos temas românticos e sensuais da canção pop. Mas é definitivamente nos anos 80 que o pop assume dimensões de um megagênero musical. Michael Jackson e Madonna despontam como a realeza do pop com canções que dominam as paradas e mostram a fórmula do sucesso para uma legião de artistas que viria a seguir. Desde então, o gênero se estabeleceu como um sucesso comercial. Entre 2001 e 2007, oito entre os dez álbuns mais vendidos no mundo foram do gênero pop, segundo dados da International Federation of the Phonographic Industry (IFPI), em um mercado que movimenta US$ 130 bilhões anualmente.

características principais: musicalmente explora a redundância sonora e pulsos rítmicos dançantes em melodias suaves; sua poética traz versos de fácil memorização em torno de temas românticos cantada normalmente com um vocal agradável; artisticamente insere-se na lógica da cultura de massas e está associada aos valores da juventude urbana.

alguns dos principais artistas: Madonna, Michael Jackson, Elton John, Britney Spears, Spice Girls, Justin Timberlake, Mariah Carey, Robbie Williams, Jimmy Sommerville, Bee Gees, Village People, Lionel Ritchie e Donna Summer.

Álbuns essenciais: Thriller (Michael Jackson, 1982), Like a Virgin (Madonna, 1984), Goodbye Yellow Brick Road (Elton John, 1973), Baby One More Time (Britney Spears, 1999), Spice (Spice Girls, 1996), Bad Girls (Donna Summer, 1979), Future Sex/Love Sounds (Justin Timberlake, 2006), Spirits Having Flown (Bee Gees, 1979), Intensive Care (Robbie Williams, 2005), Read My Leaps (Jimmy Sommerville, 1989) e Can’t Slow Down (Lionel Ritchie, 1983).



O termo “música pop” tem sido utilizado com diferentes significações. Ele já foi consagrado como sinônimo de músicas que são as mais populares nos quesitos vendagem e execução. Também serviu para classificar as canções jovens que se diferenciam esteticamente do rock, por serem mais palatáveis e comerciais. Apesar da aplicabilidade desses usos, o que se pode observar é que também artisticamente o pop se constituiu ao longo das décadas como um gênero específico da canção jovem. É possível notar que, desde o surgimento do rock, aparece também um tipo de canção que estabelece tênues limites entre sua sonoridade e a de alguns outros gêneros musicais jovens. Sem a mesma agressividade sonora do rock, esse tipo de canção transitava, por exemplo, nos anos 50 entre o rock’n’roll e as baladas, e, nos anos 60, ela se confundia com a soul music. Esse estilo ganhou corpo até que nos anos 80 configurou-se como um megagênero específico da canção jovem.

A canção pop surge nos anos 50 como uma versão light, mais suave, do rock’n’roll que acabara de nascer. Claro que, assim como o rock, alguns anos antes da década de 50 canções produzidas nos Estados Unidos já carregavam algumas características estéticas do que seria a música pop. Mas aquela era uma época dominada pelos sucessos das big bands, ao estilo Glenn Miller ou Duke Ellington, e das grandes vozes, como as de Frank Sinatra e Bing Crosby. Foi somente com o sucesso do rock, gênero totalmente identificado com a cultura jovem que emerge nos anos 50, que se abriu espaço para que um novo universo na música popular fosse criado.


As novidades que surgiram a partir da ruptura artística provocada pelo rock estavam intimamente associadas a um novo ambiente econômico, social e cultural. Ambiente que trouxe como características principais a conquista de um poder aquisitivo pelos adolescentes, a valorização do consumismo, a expressão mais contundente das aspirações libertárias dos jovens, o conflito de gerações, o enfrentamento das segregações raciais, sexuais e sociais, o avanço das tecnologias de comunicação e o surgimento e a popularização de novas formas de entretenimento, como a televisão e o disco fonográfico.

No começo dos anos 50, a fusão da música negra com a música caipira norte-americana originou o rock’n’roll. Enquanto isso acontecia, começou a tomar forma também um novo estilo de canção popular jovem e dançante. Com uma sonoridade mais calma do que a do rock, esse novo tipo de canção resultava normalmente em baladas românticas. Derivada também do rhythm’n’blues, a fonte principal do rock, a canção pop teve nos cantores Nat King Cole e Bobby Vee e em grupos vocais como The Platters seus primeiros representantes de sucesso. Naquele momento, o rock se consolidava como gênero dominante e criava ídolos para os adolescentes como Elvis Presley, Chuck Berry e Buddy Holly.

Dos anos 50 aos 70, diferentes variações do rock e da soul music produziram canções em versões mais brandas. Nelas é possível identificar características da música pop, como a redundância sonora, a proposta dançante e melodias suaves, acompanhadas por versos de fácil memorização que tratam normalmente de temas românticos e são cantados com um vocal agradável.

De Marvin Gaye a Elton John, muito do que fez sucesso na época classificaríamos atualmente como música pop, embora seus artistas filiassem-se a gêneros mais específicos. Na segunda metade dos anos 70, no entanto, ocorreu uma reviravolta no cenário da música jovem com o movimento punk, o hip-hop, o advento da música de discoteca e os primórdios da música eletrônica pop. A partir daquele momento, além da radicalização provocada pelo punk e pelo hip-hop, há uma acentuada diluição do rock e da soul music que junto com uma miscelânea crescente de gêneros desembocará num tipo de canção que dominará o cenário da música jovem a partir dos anos 80: a canção pop.



Perfil do Orkut: Andrea Del Fuego.

relacionamento: casado(a)
aniversário: 15 abril
quem sou eu: luz
página web: http://andreadelfuego.wordpress.com
país: Brasil

Som da Película: Magnolia



titulo original: Magnolia
lançamento: 1999 (EUA)
direção: Paul Thomas Anderson
atores: Philip Seymour Hoffman , Philip Baker Hall , Pat Healy , Tom Cruise , Julianne Moore
gênero: Drama
duração:03 hs 08 min
estúdio: New Line Cinema
distribuidora:New Line Cinema
roteiro:Paul Thomas Anderson
produção:Paul Thomas Anderson e Joanne Sellar
música:Jon Brion, Fiona Apple e Aimee Mann
fotografia:Robert Elswit
direção de arte:Shepherd Frankel e David Nakabayashi
figurino:Mark Bridges
edição:Dylan Tichenor
efeitos especiais:Industrial Light & Magic


Sinopse:

Em San Fernando Valley, Califórnia, nove pessoas terão suas vidas interligadas através de "O Que as Crianças Sabem", um programa de televisão ao vivo que existe há vários anos, onde um grupo de três crianças desafia três adultos. O atual grupo de crianças está indo para a oitava semana e, com isso, faltarão apenas mais duas para elas quebrarem o recorde do programa. Se conseguirem o feito ganharão uma alta soma, mas neste time vencedor está Stanley Spector (Jeremy Blackman), um garoto prodígio que é quem realmente faz a diferença, mas ele está começando a ficar cansado disto, pois entre outras coisas está sendo usado pelo pai (Michael Bowen) para ganhar dinheiro. O programa é comandado por Jimmy Gator (Philip Baker Hall), um veterano da televisão que vai morrer de câncer mas não está em estado terminal. Por coincidência Earl Partridge (Jason Robards), o produtor do programa, também está morrendo de câncer no cérebro e pulmão, mas este tem os dias contados. Earl é marido de Linda Partridge (Julianne Moore), que se casou com ele pelo seu dinheiro mas agora está desesperada, pois descobriu que ama o marido. Earl tem um enfermeiro particular, Phil Parma (Philip Seymour Hoffman), que lhe dá toda a atenção como profissional e como amigo. Earl pede a Phil que entre em contato com Frank T.J. Mackey (Tom Cruise), que cresceu odiando Earl e agora dá um seminário para solteiros, onde ensina técnicas para seduzir uma mulher.


O motivo da raiva de Frank é que Earl abandonou sua primeira esposa, e mãe de Frank, após vinte e três anos de casados, quando esta estava com câncer, e deixou Frank com apenas quatorze anos para cuidar da mãe até a morte dela. Desta época em diante os dois nunca mais se falaram, mas Phil tenta localizar Frank de qualquer jeito para avisar que seu pai está morrendo. Coincidentemente Jimmy Gator tem uma filha, Claudia Wilson Gator (Melora Waters), que também não fala com o pai, pois o acusa de tê-la molestado sexualmente. Claudia é viciada em crack e Jim Kurring (John C. Reilly), um policial, vai à casa de Claudia após sido recebido uma queixa de som muito alto no apartamento dela. Jim se apaixona imediatamente por ela, que sente-se atraída e ao mesmo tempo insegura de manter esta relação. Há ainda Donnie Smith (William H. Macy), que em 1968 estabeleceu o recorde de "O Que as Crianças Sabem" mas quando ficou adulto se tornou um patético fracassado, que recentemente foi despedido e busca desesperadamente a felicidade.

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