quarta-feira, 19 de novembro de 2008

CORPO VELADO: MIRIAM MAKEBA


A intérprete mantém em Johanesburgo, maior cidade da África do Sul e uma das mais violentas do mundo, o Makeba Center for Girls, que dá abrigo a meninas abandonadas nas ruas, vítimas de violência sexual, abusos, drogas e prostituição. Quando comenta sobre seus trabalhos sociais, fica mais claro o porquê de ser chamada de “mãe” pelos africanos: “ As mulheres são os pilares da nação. É preciso cuidar delas. Nós temos uma tendência a dizer: é culpa do governo, é responsabilidade do governo. Quem é o governo? Nos somos o governo. Ao inferno com o governo. Como indivíduos, nós devemos fazer algo, como sociedade civil”. E salienta: “Não sou política. Se a minha verdade se torna política, aleluia”.

Política ela realmente não é. Porém, é difícil não associar sua imagem à luta contra a segregação racial e exploração dos africanos. Makeba passou três décadas exilada por suas posições e declarações contra o apartheid (regime de discriminação mais cruel o qual se tem notícia. Nele, os negros não podiam ser proprietários de terras, não tinham direito de participação na política e eram obrigados a viver em zonas separadas das dos brancos. Vigorou na África do Sul de 1948 até 1990 e em menor escala nos EUA, durante as décadas de 40/50 e 60).

Outra passagem que deixa claro seu ativismo e mostra as conseqüências de suas opiniões foi seu casamento com Stokely Carmichael, líder dos Panteras Negras e criador da expressão “Black Power”. No dia em que Miriam fez o anúncio do noivado, o Sindicato das Estações de Rádio e Televisão dos EUA, deu uma declaração proibindo a apresentação ou a execução de suas músicas na época, em todos os Estados Unidos.


QUEM É MALLU MAGALHÃES?



"Eu tava vendo um filme de putaria, aí meu primo que é crente disse pra eu tirar o filme de putaria porque ele queria me mostrar uma menina que era cantora evangélica no computador... a gente entrou no youtube e ele me mostrou ela, aí eu gostei... nem assisti mais o filme de putaria aquele dia, assisti depois." (Cláudio Fonseca Barreto Júnior, 12 anos, estudante)

"Rapaz, eu tenho certeza que é um fenômeno da cosmopolitalização global que tanto afeta nossas novas gerações, se utilizando do artefato midiático e restritivo de difusão mono-cultural, que neste caso se absorve pela imposição linguística. O caso, decerto, é grave, pois não se abate sobre essas gerações o mínimo de conflito existencial, pois as armas de alienação de conduta social são um tanto atrativas, uma vez que é o contexto lúdico que se impregna, tornando inviável qualquer ação conjunta de rebeldia, imprescindivelmente, armada." (Roberval Camargo Duarte Brito, 48 anos, Historiador)





"Ah, eu adorei o som dela, bem melhor que Amy Winehouse, e o melhor é duas coisas nisso tudo: é brasileira e canta inglês muito bem e também não se droga. Amo Mallu, muito talentosa." (Karina Tavares Góes, 17 anos, estudante)

"Sei lá que desgraça é Mallu Magalhães... hahahahaha... num conheço não, véi, deve ser uma patricinha aí... ela canta é? É do programa do Raul Gil, né, não? Às vezes eu vejo lá, mas num gravo os nome, não. Tô por fora, na moral. Deixa quieto." (Edmilson Silva Santana de Jesus, 27 anos, desempregado)

DEUS ABENÇOE NOSSA SUBVERSÃO DE CADA DIA



Foi responsabilidade dos Rolling Stones a introdução da rebeldia como parte definitiva e importante da imagem das bandas de rock. Desde o início foram a antítese do rock bem comportado dos contemporâneos Beatles, deixando o amor juvenil em segundo plano e pregando abertamente o sexo como diversão ao invés de apenas sugerir isso a exemplo de astros americanos como Chuck Berry e Jerry Lee Lewis.



GAIARSA, O DESCOMPREENDIDO: "A sexualidade não é muito diferente de antes. A mãe continua não tendo xoxota e as crianças não podem ter xoxota nem pinto. A sexualidade natural de bicho saudável é castrada. Na adolescência, desenvolvemos uma sexualidade social. Tudo o que se aprende é com os similares. Se em casa ninguém tem pinto, na gangue, no grupo de adolescentes, todos só têm pinto. É impensável o desenvolvimento natural da sexualidade num esquema monogâmico, que é feito para baixar as necessidades sexuais. Se eu visse uma menina de 4 anos mexendo na xoxota eu daria uma piscada, um sorriso e diria: "é bom, né?" Talvez fosse chamado de pervertido. Mas não é à toa que todos os palavrões são anti-sexuais. Será que com todos esses palavrões a gente vai fazer bonito na cama? Globalmente, a mulher é mais amarrada do que o macho, porque quando jovem é vigiada pela mãe e, quando adulta, pelas amigas. Se a mulher sair com mais de um, logo é a piranha. E há muito mais masturbação que relações sexuais, além do que somos muito monótonos até nisso, não brincamos com as possibilidades. Uma mão com um pouco de criatividade pode fazer coisas incríveis."


Pescador foragido confessa que matou Luz del Fuego com cumplicidade do irmão
2 de agosto de 1967

Ao contrário do que disse à polícia anteontem, ao ser preso, o pescador Alfredo Teixeira Dias, foragido do Presídio-Geral do Estado do Rio, acabou confessando a autoria do assassinato de Luz del Fuego e do vigia Edgar, com a cumplicidade do irmão, Mozart Gaguinho. A confissão foi feita ontem, na delegacia de Vigilância e Capturas de Niterói.

O pescador, que está preso na Secretaria de Segurança Fluminense, declarou ao delegado Godofredo Ferreira da Silva Filho que ele e o irmão praticaram o crime na noite do último dia 19, entre as Ilhas do Sol e das Capuanas de Baixo. Revelaram que a vingança foi o motivo do assassinato, pois “há tempos Luz del Fuego nos denunciou”.


COMO FOI

Em seu novo depoimento, Alfredo Teixeira Dias revelou que no dia 19, por volta das 18 horas, partiu com o irmão para a Ilha do Sol, onde não puderam desembarcar porque os cães da ex-vedete logo notaram a presença de estranhos. Conseguiram, entretanto, com todo cuidado, cortar a corda que amarrava uma canoa de Luz del Fuego. Levaram-na até a Ilha das Capuanas, já planejando atrair a ex-vedete para uma armadilha.

Mozart Gaguinho gritou então, chamando Luz del Fuego, que logo apareceu, de calça, à beira do cais, com um revólver calibre 38 na mão e perguntando o que “havia”. Gaguinho respondeu que a sua canoa se afastara.

Disse Alfredo que Luz del Fuego não relutou em embarcar na canoa dos dois, a fim de recuperar a dela. Pouco depois, Mozart Gaguinho pediu que Luz del Fuego lhe entregasse a arma. Nesse momento, Alfredo deu uma pancada em sua cabeça, com um cacete. Em seguida, mais dois golpes fatais.

Deixaram o corpo na Ilha das Capuanas de Baixo e voltaram à Ilha do Sol, onde chamaram o vigia Edgar. Pediram que êle trouxesse uma corda e um remo, a fim de que a canoa de sua patroa fosse rebocada. Edgard, segundo disse Alfredo, não veio com os objetos solicitados, mas com uma foice. Hesitou um pouco, mas decidiu entrar no barco de Alfredo e Gaguinho, sentando-se entre os dois.


Ney Matogrosso disse assim: "Eu nunca contei essa história. Dois remadores grandes, dei um flagrante. Eu não conseguia dormir, tava muito calor e saí do alojamento. Era de madrugada. Vi dois homens largos, másculos, viris, não estou falando de veadinho, não. Um sentado e o outro de pé em cima, e abraçados. Quando olhei, vi muito mais do que estava ali, vi outra coisa. Vi que existia entre aqueles dois homens alguma coisa tão extraordinária que ultrapassava o fato de eles estarem abraçados. Existia – eu nunca tinha visto isso – amor. Você não sabe o que foi para mim, entortou a minha cabeça, fiquei desentendido, pensei: “Meu Deus, o que é isso?” Mas o amor existe entre homens e mulheres, homens e homens, mulheres e mulheres, mas existe, é um sentimento comum. Queira ou não queira, não adianta a Igreja, não adianta ninguém estrebuchar, existe. E eu vi isso acontecer, e não era sexo que estava acontecendo, era algo muito mais subversivo que sexo."



ARACY DE ALMEIDA LÁ LÁ RÁ LÁ RÁ LÁ RÁ...

Aracy de Almeida (Aracy Teles de Almeida)
19/8/1914 Rio de Janeiro, RJ - 20/6/1988 Rio de Janeiro, RJ

Juntamente com Marília Baptista é apontada como a melhor intérprete da obra de Noel Rosa. Nasceu e cresceu no Encantado, bairro do subúrbio do Rio de Janeiro. Seu pai, Baltasar Teles de Almeida, era chefe de trens da Central do Brasil. Ainda jovem, cantava no coro da igreja Batista da qual seu irmão Alcides era pastor. Menina pobre, desde os tempos de criança sonhava em ser cantora de rádio, o que acabou acontecendo a partir de seu encontro com o compositor Custódio Mesquita, para quem cantou "Bom dia, meu amor", de Joubert de Carvalho e Olegário Mariano. Durante essa década vai morar em São Paulo, onde reside por 12 anos (1950-1962). Foi casada com o goleiro de futebol Rei (José Fontana), que jogou no Vasco e no Bangu, entre as décadas de 1930 e 1940, mas o casamento durou pouco tempo. Cantava samba, mas era apreciadora de música clássica e se interessava por leituras de psicanálise, além de ter em sua casa quadros de importantes pintores brasileiros como Aldemir Martins e Di Cavalcanti. Os que conviviam com ela, na intimidade ou profissionalmente, a viam como uma mulher lida e esclarecida. Tratada por amigos pelo apelido de "Araca", dela Noel Rosa disse, em 1933, numa entrevista a Orestes Barbosa, para "A Hora": "Aracy de Almeida é, na minha opinião, a pessoa que interpreta com exatidão o que eu produzo".



Álbum bom: The Man Manchine [Kraftwerk]


Ano: 1978

A frieza das cidades em seu desenvolvimento desenfreado, das máquinas e robôs sem sentimentos próprios, a opressão e a falta de sensibilidade são os temas do álbum. Ralf Hutter, Wolfgang Flur, Karl Bartos e Florian Schneider estavam no auge da criatividade. Cada faixa de The Man Manchine é ao mesmo tempo um single em potencial, com vida e histórias próprias - mas também se completam, transformando o álbum numa deliciosa viagem.

As semelhanças com o filme Metropolis (1927) de Fritz Lang são grandes: em 2026, uma cidade vive sob o domínio de um tirano, e cujo rígido sistema de castas separa Pensadores dos Trabalhadores - estes, condenados a viver escravizados pelas máquinas que fazem a metropolis funcionar. O filho deste tirano, Freder, se revolta com a situação e vai viver com eles, se apaixonando pela jovem Maria, defensora dos direitos trabalhistas. Freder descobre que um cientista está criando um robô para substituir a mão de obra humana e faz com que ele tenha as feições de Maria, infiltrando-o na sociedade trabalhista, causando discórdia e destruição. A tecnologia, a arquitetura, a valorização da cultura e a importância do sentimento humano são forças importantes no filme, e são temas recorrentes no trabalho do Kraftwerk em todos estes anos.


terça-feira, 11 de novembro de 2008

PAUSA: JOÃO DONATO


Depois de 15 anos, você está concluindo um projeto que conseguiu amadurecer quando conheceu um teclado no estúdio do Ritchie. O que tem de especial nesse instrumento?
O negócio é que tenho admiração por Debussy e Ravel e músicas clássicas francesas. Comecei a estudar as partituras para orquestra com muita facilidade nesse teclado, que imita diversos instrumentos, e acabei fazendo umas experiências em casa.

Sampler?
É um tipo sampler: imita flauta, violino, piano. Transferi pro teclado toda a escrita que seria dedicada à uma orquestra sinfônica e acrescentei um ritmo ampliado. O resultado ficou muito bom. Pretendo lançar em disco essas experiências com Debussy e Ravel, com um pouquinho de música popular brasileira misturada à receita.Os demais instrumentos são tocados por uma banda?Não, tocados por uma orquestra!

E esse lance de ter um público fiel no Japão. Não é louco pra sua cabeça, que veio do Acre, ir tão longe?Não...Às vezes você não pára pra pensar nisso?
Já perguntei por que gostam tanto da música brasileira, e me falaram que traz alegria pra eles, os deixa contentes. É das qualidades que talvez eu tenha na minha música que admirem tanto e os fazem felizes.

Nas vezes que vai lá sente que rola um "frisson" japonês?
É, os japoneses são entusiastas e carinhosos, e demonstram isso publicamente com presentes e aplausos cada vez mais intensos. É surpreendente.

Na Rússia acontece a mesma coisa?
A mesma coisa. As apresentações foram melhorando com o tempo, e o público também melhorou. O público vai crescendo a cada temporada de shows.

Me fala um pouco sobre a tua rotina. Dá pra notar que seus horários são completamente distintos...
Gosto de trabalhar à noite e ficar estudando até cansar e dar sono, até enjoar. Principalmente as partituras de Debussy; esse é o feijão com arroz, o alimento diário. Estou tão influenciado por Debussy e Ravel que já acho que minha música tem uma parte deles na irrealidade que ela possa ter. Já vem com esse efeito. É como se fosse vírus, o negócio. Acho que peguei o vírus do Debussy e do Ravel.

Onde você pegou esse vírus?
Na minha música... Primeiro, de tanto gostar de ler e de comprar tudo quanto é livro de partitura deles, os arranjos das grandes orquestras. Com esse estudo, passei a saber tudo o que acontece dentro de uma orquestra.

Qual é a lembrança mais longínqua com a música?
Um nativo e sua canoa passando na beira do Rio Branco, alguém assobiando uma melodia (assobia "Lugar Comum")... Depois o Gilberto Gil botou letra. É a lembrança mais remota que tenho, a música que "passou pela minha infância". Devia ter 6 ou 7 anos. Na época fiz uma música para minha namorada, a Nininha. Eu tinha 7 anos, ela tinha 8.Foi aí que viu que música era seu negócio?Nem sabia! Apenas tinha mania de música, não sabia que viria a ser minha profissão. Profissão mesmo, só depois dos 18, quando fui reprovado pra ser piloto da aeronáutica, como meu pai. Tenho problema de daltonismo e disse pra mim mesmo: "Se não dá pra ser piloto, vou ser músico. Mas não foi decisão tomada...Foi a reprovação de um sonho que eu tinha de ser aviador.

Qual foi o primeiro instrumento que você tocou?
Acordeom, que eu ganhei de Papai Noel, ainda aqueles de papelão.

VOCÊ SABIA? Tema: Acordeom



As grafias corretas da palavra acordeom observam-se em diversas formas.

Segundo o DIC Michaelis Escolar 2.0/2002, produzido por Amigo Mouse Software, da Editora Melhoramentos, a palavra acordeom tem o seguinte significado e grafia:a.cor.de.ão: (al akkordion, via fr) sm. Mús. Instrumento musical portátil formado de teclado e fole. Var: acordeom. Sin: harmônica, sanfona.


Assim sendo, na língua portuguesa escreve-se acordeão, podendo existir a variante acordeom, e tendo como sinônimos os termos "Harmônica" e "Sanfona". Mas existem várias grafias atribuídas a este precioso instrumento. Em cada país, em cada língua, ou até mesmo em diferentes regiões do mesmo país assim como vimos no Brasil, essa grafia se altera. Na região Sul do Brasil chamamos o acordeom de gaita, nome que também refere-se à gaita de boca. No sul, o instrumento também é conhecido como acordeão, ou acordeom, mas popularmente marcou o termo gaita, o que realmente seria referência à gaita de boca em outras regiões.


Escreve-se também “acordeon” em diversas regiões do país, com "n" no final, mas sobre essa forma de grafar não conseguimos registros na língua portuguesa. Caso tenha informações sobre esse assunto, avise-nos para publicarmos nesse tópico. Os primeiros registros sobre o surgimento do instrumento relatam que o seu primeiro nome foi "tcheng", ou "cheng", e originou-se na china. Em inglês se grafa "accordion", em espanhol "acordeón", em francês "accordéon", em italiano "accordéon", na Irlanda "concertina", tem-se informações sobre a antiga gaita de foles da Escócia a "bagpipe", e ainda existem variações conforme o tipo de teclado, se é feito com teclas ou botões, ou ainda dependendo da alteração da afinação que é disposto o teclado, também variando quando é aberto ou fechado o fole como o "acordeão diatônico" ou "acordeão cromático" no Brasil, o "bandoneón" na Argentina, a "fisarmonica" na Itália. Algumas denominações como "organeto" e "semitonata", também são encontradas. Existem ainda algumas patentes registradas como "handeoline" na Alemanha no ano de 1821, "harmoniflute" na França em 1855, e "accordeon" na Áustria em 1829.

YAMANDU NA BERLINDA


"Eu toco violão? Sim. Mas não acho nada demais. Nunca pensei na questão da limpeza do som. Não é uma preocupação, pois, como disse, não considero que toco violão, mas sim que faço música. O violão era o que estava mais perto de mim. Se tivesse um acordeom, talvez tivesse virado acordeonista. Sou sujo, mas escuto outras coisas, não estou querendo aquele som limpinho, com aquela unha limada com lixa 450. Não sou uma sala acústica, não estou esperando isso do instrumento. Quero que as pessoas continuem falando mesmo o que elas quiserem."

FÓRUM

por Marcos Antônio Januário em Qua 26 Jul 2006, 19:49
Ao contrário de uma declaração aqui formulada, penso que, independente de tocar bem ou mal, geralmente um músico se destaca pela interpretação de um determinado campo musical, seja ele erudito ou as várias ramificações do denominado gênero popular. Dessa forma,vamos ter intérpretes estritamente eruditos, e aí os exemplos são inumeráveis, outros mais voltados para o popular, Baden Powell seria um exemplo, e outros que conseguem mesclar os dois referidos gêneros. A meu ver Yamandu Costa encontra-se mais voltado para outro campo que não erudito, com uma interpretação marcante, destacada por um incrível domínio do instrumento, o qual lhe permite aquelas variações geniais que são o destaque de suas apresentações. Discordo totalmente da afirmação denominando de um debate sem sentido a classificação de um violonista como intérprete do gênero erudito ou não, haja vista que, conforme escrito acima, existem violonistas que se enquadram em um dos citados gêneros ou em ambos. É interessante destacar que não existe violonista clássico, haja vista que clássico refere-se a um dos vários períodos da história da música, tal qual o Barroco ou Romântico, por exemplo, e sim violonista erudito, que, eventualmente, pode interpretar peças do período clássico. Abraços!!!


por Rubens Morais em Ter 08 Ago 2006, 00:58

Já analisei. Acho ele fraco mesmo. Eu não daria tanta importância para a sujeira, se pelo menos ele escrevesse músicas legais. Por enquanto me parece pura firula. Até que é legal vê-lo ao vivo. Pelo espetáculo quase circense. Porém como compositor ainda está anos-luz de um Leo Brouwer (que era bom violonista e improvisador), Villa-Lobos, Marlos Nobre, Radamés Gnatalli, etc. Como violonista estilo clássico, que faz improvisos na linha jazz/popular, sou muito mais um Roland Dyens. Este me parece que aproveita bem o ferramental clássico no improviso e possui composições muito interessantes.

por Adailton Ribeiro Santana em Qui 10 Ago 2006, 14:52
Prefiro o Yamandu intérprete, a meu ver inigualável, dentro do seu estilo, o qual consegue dar uma leitura diferente, original, às peças por ele apresentadas. Como compositor, penso que ele tem ainda um longo caminho a percorrer.


por rodrigoaltair em Sáb 12 Ago 2006, 20:13
Que o Yamandu é um virtuoso do instrumento, ninguém discute. E ele tem tentado sempre colocar sua própria interepretação nas músicas que toca. Obviamente, não agrada a todos. Não é um músico fácil de ouvir, em parte porque é difícil ouvir virtuosismo durante muito tempo, e em parte porquefica um pouco a sensação de que não é preciso se utilizar a todo instante do vastíssimo repertório técnico que claramente ele possui. Talvez seja porque ainda é muito novo, e todo jovem parece que precisa mostrar que sabe, impressionar. Às vezes, não tenho paciência para ouví-lo, mas quando quero ouvir um som mais provocador, diferente, gosto de ouví-lo. E tem outra coisa: ele tem feito um trabalho interessante em resgatar algumas músicas e estilos populares, e suas parcerias são muito boas. Mas se for pra compará-lo com outros violonistas, como Rafael Rabello, por exemplo, prefiro este último.




por Newton Messias Ferreira em Dom 20 Ago 2006, 02:23
Considero Yamandu um gênio do violão brasileiro. E nós, pobres mortais, ficamos com a triste tarefa de criticá-lo, rotulá-lo e classificá-lo. Quem o ouve logo se converte a ele, sem maiores análises. Quem não gosta, é porque talvez ainda tenha os ouvidos preconceituosos dos puristas. Pelo amor de Deus vamos acabar com esta história ridícula de "sujo" e "limpo". Música não é material de limpeza. Música é expressão antes de técnica; vida antes de teorias; sentimento antes de cerebralismos. Sou um violonista clássico, porque prefiro o repertório clássico ao popular, e prezo pela técnica, estética, história e tradição. Mas sei reconhecer quando o "espírito" da música está sobre alguém. Quando um gênio surge, devemos nos calar e ouvir o que tem a nos dizer, para não parecermos como tolos, que, jogando como pernas de pau, querem se comparar com Ronaldinho Gaúcho. Quem quiser criticá-lo, que o faça, mas que seja tão bom quanto ele, pelo menos na crítica. Mas respeito a opinião de quem quer que seja, só recomendo mais cautela e mais autocrítica.

Ao atravessar Santo Amaro fora da faixa [Cazzo Fontoura]



os sinais são: tecnicolor, cigarras, satélites.

recôncavo é o inverso. 


a cor preta é preta
[a cor da gente].


santos, santas, pastores, assembleias, santinhos.
16 motocicletas
é mais roda q
um ônibus.


a indústria a todo vapor funciona:
- milho cozido;
- milho assado;
- amendoim cozido;
- bolo de carimã;
- acaçá.

- há uma senhora muito simpática [há ojeriza de poucos].


prédios, casas, fachadas, as peças da coleção são
burros no paraíso gourmet. a trilha de um arrocha
sonora no fundo do carro. postes se conta a dedo.
lá no fundo de casa lan house inventa varais sem roupa.
a fábrica dá sopro de novos ares aos bois, não aos homens.


guerra declarada entre pedras e asfalto.

[ônibus expresso atravessa a cidade. trilhos
são empecilho ou quebra-molas?]


conversa de bar: puta é puta/mãe é mãe/viado é viado.
quase não há armários.

nalguma cercania pralém mato 

pratos vazios rasgados por facas facões 
acentuados à cintura capoeira 
e duro samba roda dança

portas sofrem portinholas 

portinholas sofrem grades
grades sofrem grades.

ladrões assolam em períodos férteis: festas.

recôncavo é o inverso.

GOD SAVE AMERICA!

No ano de 1967 foi feita uma homenagem a Che Guevara que foi morto em outubro deste mesmo ano. A música tinha o seguinte título: Soy loco por ti America, com letra de Capinam, melodia de Gilberto Gil e interpretação de Caetano Veloso. 


"A minha intenção era registrar a emoção pela morte de Che Guevara. Não quis dizer que eu era latino-americano, embora me sentisse assim. Sentia Cuba desde a revolução de Fidel Castro. Quando menino, tentava cantar rumbas e boleros em castelhano. E o carnaval baiano tinha muitas versões de rumbas pra frevo, não é? Na letra, busquei palavras do português e do castelhano que não demonstrassem ser de línguas diferentes. Algumas palavras me pareciam sonoramente mais poéticas em castelhano do que em português. Lembravam Federico García Lorca. Além disso, havia a coisa de uma estética do continente, numa época em que as diversas questões de cada país se aproximavam muito. Uma latinidade de mundo alternativo…" (Capinam)

No documentário O Sol – Caminhando Contra o Vento, da Tetê Moraes, Caetano depõe que encomendou a você e Gil a canção que resultou em Soy Loco Por Ti, América. Segundo ele, letra, ritmo e arranjo foram concepção dele, mas, como não tinha tempo, vocês dois fizeram, por isso ele a considera de autoria dele também. Já você conta no seu último livro que, inspirado na morte do Che, escreveu e levou a letra nos bastidores do Festival da Canção de 1968, para o Gil musicar. Quem diz a verdade?

Capinam - Não acredito que Caetano tenha encomendado a morte do Che, que foi a razão, para mim, de escrever a canção memorial, feita imediata e automaticamente, logo após saber a notícia de sua morte! Não recebi pessoalmente – antes ou depois desse fato – nenhuma encomenda de Caetano Veloso. Mas nada impede que ele houvesse pensado na época em cantar uma rumba dançante e a tivesse encomendado a alguém. Eu apenas desconhecia esse fato...

terça-feira, 4 de novembro de 2008

AGORA É QUE SÃO ELAS [PAULO LEMINSKI]


CONTRA CAPA



Ficção, re-ficção, uma história que desvenda o processo de todas as histórias, AGORA É QUE SÃO ELAS, uma novela com começo, meio e fim (não necessariamente nessa ordem, é claro).
Um romance pra tocar no rádio.


l

Aos 18 anos, pensei ter atingido a sabedoria.
Era baixinha, tinha sardas e tirei-lhe o cabaço na primeira oportunidade.
Não ficou por isso.
A lei falou mais forte. E tive que me casar, prematuro como uma ejaculação precoce.
Nem tudo foram rosas, no princípio.
Nos pulsos ainda me ardem as cicatrizes de três mal sucedidas tentativas de suicídio.
Mas eu não posso ver sangue. Sobretudo, quando meu.
Assim decidi continuar vivo.
Principalmente porque o mundo estava cheio delas.
De Marlenes. De Ivones. De Déboras. De Luísas. De Sônias. De Olgas. De Sandras. De Edites. De Kátias. De Rosas. De Evas. De Anas. De Mônicas. De Helenas. De Rutes. De Raquéis. De Albertos. De Carlos. De Júniors, De... (ihh, acho que acabo de cometer um ato falho). De Joanas. De Veras. De Normas.


2

De Norma, me lembro bem.
Como esquecer com quantas bocas se faz uma daquelas, aquela multidão de abismos em que ela consistia? Aquilo sim é que era uma buceta convicta. Cair ali era como, bem...

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Com aquela cara de homem fingindo estar interessado no papo de uma mulher apenas porque está com vontade de comê-la, com aquela cara de mulher costurando e bordando pensamentos apenas porque está a fim de ser comida por ele, cheguei, caprichei, relaxei, lembrei tudo que tinha aprendido em Kant e Hegel, repassei toda a teoria dos quanta, a morfologia dos contos de magia de Propp, o vôo do 14-bis, cheguei e não perdoei:
— Tem fogo?



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O tem fogo saiu meio esquisito. Nem parecia que eu tinha estudado três anos de mecânica celeste, dois de escultura em metal e tinha sido, podem perguntar, um jogador pra lá de razoável na minha equipe.
Não, balido baldio, urro estrangulado, você parecia um tem fogo imbecil qualquer, um tem fogo dito por um corretor de qualquer uma dessas coisas que precisam de correção, a vida emocional dos cangurus, as problemáticas trajetórias de Urano, os particípios passados dos verbos da segunda conjugação.
Apesar de você, jamais vou esquecer, deus nenhum me deixe, o fatal é que cheguei e disse aquilo, aquele palavrão que significava a irremediável intromissão da minha vida na vida daquela figura, gesto cujas conseqüências os presentes vão poder, a seguir, apreciar em suas devidas dimensões.


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Uma dessas confusões sorridentes onde as pessoas riem porque sabem que vão morrer no fim, e todo mundo disfarça a evidência de que tudo já está mortinho da silva, o vaso no centro da sala, a árvore estampada na cortina, e até os Stones na radiola já exalam aquele fedor típico de múmia de faraó da vigésima dinastia, uma festa dessas em que alguém te chega, cigarro ereto, e fulmina:
— Tem fogo?
Seriam Stones ou Ella, como lembrar, tantas bucetas depois, como evitar este ponto de interrogação?




6

— Tem fogo?

Isso lá é jeito de chegar numa dona, conversar com uma senhora, hein, seu isso e aquilo, que pensou ter atingido a sabedoria? Mulher tem que ser abordada com vinte e cinco canhões de bolhas de sabão, princesa e flor do oriente, rosa de incenso, filé minhon da parte esquerda do meu cérebro, abre os braços, isto é, os pássaros, isto é, faça-se a luz, paradise me now...


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— A juventude pode acabar com uma pessoa.

— Eu já vi essa religião. Deus morre durante a viagem.
— Jotaerre?, dos Jotaerres de Birmingham!, mal posso acreditar que estou aqui, eu devo estar sonhando.
— Vendo o apetite com que uma mulher chupa teu pau, nunca te ocorreu que pode não ser uma má idéia?
— A lei, meu caro, só proíbe certos crimes porque são ótimos negócios.
— Inteligência em homem é que nem pau duro, mulher alguma resiste.
— O crédito? É o câncer do mundo.
— Qual é a ilusão que você me recomenda?
— A inflação mundial, dinheiro produzindo dinheiro, sem passar pela produção, abstrações produzindo abstrações, sistemas puros, quero dizer, sem relação alguma com a realidade, porra, você me entende!
— Milhões, milhões, milhões, um começou a gritar, uma idéia é a coisa mais cara que existe.
E virando para todo mundo, todo mundo tinha cara, a começar por mim, de pânico, com aquelas luzes quem conseguia não ficar muito pálido, o pavor abaixo da pele, a bomba, a última guerra, o fim de.
A idéia mais cara que existe.



UMA CAUSA ALBINA


Albinos de Salvador vão ter direito a protetor solar

Embora extremamente vulneráveis ao sol, eles são quase invisíveis para a rede pública de saúde. São os albinos, portadores de uma doença congênita caracterizada pela falta de melanina (responsável pela pigmentação da pele) e que atinge também os olhos e os cabelos. Para discutir os problemas dos albinos baianos foi realizada ontem uma audiência conjunta das Comissão de Saúde e Direitos Humanos da Assembléia Legislativa.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos, Walmir Mota (PPS), é autor de um projeto de lei que pretende acabar com a invisibilidade social dos albinos, ao assegurar-lhes uma ampla proteção , dentre as quais a distribuição gratuita de protetores solares já que os portadores de albinismo são extremamente vulneráveis aos raios solares.


Durante a audiência, Walmir comemorou uma primeira vitória na luta pela inclusão social dessas pessoas: a promotora de Justiça, Márcia Teixeira, informou que o Ministério Público acertou, com a Prefeitura de Salvador, a distribuição de protetores solares, num prazo de 90 dias, como já ocorre com os portadores de lúpus.




"A medida é salutar, mas ainda há muito o que ser feito, como a inserção dos albinos no mercado de trabalho", observou o deputado, cujo projeto estabelece também que as empresas destinem 5% das vagas aos portadores da doença. Na audiência, o presidente da Associação de Portadores de Albinismo da Bahia (Apalba) - a única do gênero no Brasil - Jeanderson Nunes, reivindicou que as escolas sejam adaptadas para as crianças albinas, a fim de que estes estudantes não fiquem expostas à luz do sol.

Segundo Nunes, nas escolas, os portadores de albinismo não conseguem acompanhar os estudos por conta da dificuldade de enxergarem o quadro claro. "As crianças albinas precisam de quadros literalmente negros e os adultos de empregos compatíveis coma doenças, como os que não os expõem ao sol", ressaltou. A Apalba quer apoio para fazer um amplo levantamento para saber o número de albinos no Estado, quantos têm óculos e acesso ao filtro solar, além de quantos portadores já contraíram câncer de pele. "Outro desafio", acrescenta Nunes, "é estimuçar a inserção do albino no mercado de trabalho".


Na Europa, pesquisas demonstraram que o albinismo atinge uma em cada grupo de dez mil pessoas. Já a médica Shirlei Moreira, que defendeu, na audiência, a criação da Casa do Albino, explicou que "o portador de albinismo não tem nenhuma proteção contra os raios ultravioletas e que a doença pode atingir qualquer pessoa, independentemente de sexo ou raça. Para o albino não basta apenas evitar a exposição ao sol. É preciso também usar filtro solar com proteção acima de 20 e consultar, periodicamente, o dermatologista e o oftalmologista. Na Bahia, só existe um hospital referência no tratamento dos albinos, o Dom Rodrigues de Menezes, em Águas Claras em Salvador.


ÀS CLARAS COM O MAESTRO JOHN NESCHLING


"É justamente essa a dificuldade de se ouvir música clássica. Não é que ela seja mais difícil, ela exige mais interiorização, mais tempo, mais vontade pessoal de querer sair de casa, ir a um teatro."


"Você, quando quer ouvir música fácil, liga o rádio e ela entra na sua casa de qualquer maneira, mas se você quer realmente ouvir música séria e que exija um pouco mais de introspecção, aí tem que sair de casa e ir pra uma sala que às vezes está cheia, tem comprar ingresso com antecedência... como se dribla isso? Acho que não se dribla. A música clássica jamais vai ser das massas e multidões."

"Música clássica sempre foi apanágio de uma elite. Sempre foi de uma elite cultural e houve momentos em que essa elite cultural coincidiu com uma elite social, mas nunca foi apanágio das multidões. Você não enche um estádio com um concerto. Até pode, de repente, mas você precisa de um outro marketing em torno."

"Assim como, na ciência, um país precisa de hospitais de primeira linha porque não pode ser um país só de ambulatórios, é preciso investir na linguagem sinfônica de qualidade, assim como é preciso investir nas universidades e não só nas escolas primárias ou técnicas."



"O que a emoção tem a ver com falta de qualidade? Aliás, emoção com falta de qualidade é uma coisa horrorosa. Só é possível ter emoção de verdade se você tem perfeição técnica. Sem isso, a emoção vira desculpa para a mediocridade."

"O músico estuda para isso, se não todo mundo podia ser músico. Todo mundo tem emoção, qualquer pessoa tem, desde o porteiro até o vendedor de jornal, todos têm emoção, o que não têm é técnica."

NOTÍCIAS DA ISLÂNDIA

A Islândia, uma pequena e desorbitada caricatura do crescimento sem-fim que parecia estar vivendo o mundo desenvolvido, oferece de repente uma temível premissa da débâcle econômica que ameaça reproduzir-se na Europa, Estados Unidos e resto dos países ricos. Sem reservas de moeda estrangeira, com quase a totalidade de seu sistema bancário nacionalizado, e declarado praticamente “em bancarrota” pelo primeiro-ministro, o país está no epicentro de um terremoto global cujo impacto nem o mais remoto tresloucado cúmplice do ataque às Torres Gêmeas se havia atrevido a imaginar.

Bergsson, 39 anos, é cozinheiro naquele que havia sido, até um mês atrás, um bem-sucedido restaurante no centro de Reykjavik. Agora, a clientela diminuiu em uns 40%, vários empregados foram despedidos e ele mesmo se queixa da possibilidade de ter de aceitar a redução de seu salário. Sua mulher é antropóloga e trabalha no Departamento de Imigrantes do município de Reykjavik, um posto de trabalho que, de pronto, poderá ter pouca relevância, já que os imigrantes – dos países bálticos principalmente – estão indo embora, devido ao fato de que a moeda irlandesa, a coroa (krona) está em queda livre.


“As mulheres irlandesas e em todo o mundo são mais práticas do que os homens, têm os pés mais firmemente plantado na terra e estudam com mais ponderação as conseqüências dos riscos que tomam.” (Halla Tomasdorttir, presidente da Audur Capital Consultoria Financeira)



DIZEM QUE O JIM NÃO MORREU!

O tecladista Ray Manzarek Contou ao jornal inglês Daily Mail que à épOca suspeitou da Morte de Jim Morrison porque o vocalista já tinha falado sobrE a possibilidade de simular sua própria morte e se escOnder em algum lugar distaNte dos EUA. Um ano depois de Morrison falar sobre a simulação de sua morte, ele foi encontrado morto. A causa da morte foi ataque cardíaco, consequência de aBuso de drogas. As circustânciAs enigmáticas sob as quais o vocalista morreu levaram a contínuas especulações sobre a proBabilidade de Morrison ainda estar vivo, segundo RaY Manzarek.


"Eu ainda me pergunto se sua morte foi uma charada complexa", disse Manzarek ao Daily Mail. "Jim era uma alma inquieta, sempre procurando por algo a mais em sua vida, e mesmo os seis anos de sucesso - e excessos - do The Doors não foram o suficiente para ele".

Manzarek continou especulando: "Um ano antes (de sua morte), ele me mostrou um folheto sobre Seychelles e disse: 'Não seria o lugar perfeito para fugir se todo mundo acreditasse na sua morte?'"


José Montserrate Feliciano García (Porto Rico, 10 de setembro de 1945), cantor e violonista porto-riquenho radicado nos Estados Unidos. Autodidata, começou tocando acordeon antes de tocar violão. Já na adolescência tocava profissionalmente em Nova Iorque, onde foi visto por um executivo da R C A, que o contratou. Sua fama alastrou-se com o lançamento de " Light My Fire " ( Doors Music Co. ASCAP 01/06/1968 ). Infelizmente, nunca teve uma produção à altura e seus discos não acompanharam o sucesso das apresentações ao vivo, nas quais demonstra excelente presença cênica, apesar de ser cego de nascença. Consta que José Feliciano, antes do sucesso, chegou a morar no Brasil onde também não teve o seu valor reconhecido.

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