quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Nietzsche disse: “Eu só acreditaria num Deus que soubesse dançar.”

A Dança [Matisse]

O PRINCÍPIO REGULADOR DO CULTO

Antes de examinarmos o caos das práticas cúlticas correntes e o princípio regulador do culto de Deus, precisamos primeiro definir culto. “Culto religioso é aquele pelo qual adereçamo-nos a Deus, como um Deus de infinita perfeição; professamos uma inteira sujeição e devoção a Ele como o nosso Deus; colocamos nossa confiança Nele para o suprimento de todas as nossas necessidades; e atribuímos a Ele aquele louvor e glória que Lhe é devido, como nosso principal bem, o mais abundante benfeitor, e o nosso único quinhão e felicidade”.

O PRINCÍPIO REGULADOR E OS INSTRUMENTOS MUSICAIS NO CULTO
PÚBLICO

Agora que a base escriturística do princípio regulador do culto foi estabelecida claramente, vamos analisar uma prática cúltica comum hoje e ver se tem autorização (base) bíblica. Lembre-se, não é suficiente que uma prática não seja proibida pela Escritura. Deve haver uma sanção (i. e., prova bíblica) para toda prática de adoração na igreja.

O uso de instrumentos musicais no culto público hoje é quase universal. Pianos e órgãos têm sido usados por gerações para preparar o estado de espírito “adequado” durante o serviço de adoração e têm sido usados para acompanhar os cânticos de hinos. Hoje muitas igrejas têm adotado o uso de bandas completas, com guitarras eletrônicas, baixos, órgãos, cornetas e baterias. Bandas de rock, pop e estilos sertanejos são usadas como ferramentas de crescimento de igrejas. Livros de crescimento de igreja argumentam que ter uma boa banda com música ritmada e cânticos de adoração atrairão visitantes e proporcionarão pessoas a voltarem. Embora instrumentos musicais sejam ferramentas poderosas no arsenal de manipulação emocional, será que a Palavra de Deus autoriza o seu uso em culto público na era da Nova Aliança? Um estudo do uso de instrumentos musicais na Bíblia revela que o uso de instrumentos musicais está conectado com o sistema sacrificial e é um aspecto da Lei Cerimonial. Um breve exame do uso de instrumentos musicais na Bíblia provará esta afirmação.

A INVENÇÃO DA MÚSICA

Adão e Eva, que adoraram a Deus antes da queda, usaram apenas suas vozes em louvor a Jeová. Esta afirmação é provada pelo fato de que instrumentos musicais não foram inventados até oito gerações. “Ada deu a luz a Jabal: este foi o pai dos que habitam em tendas e possuem gados. O nome de seu irmão era Jubal: este foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta” (Gen. 4: 20-21).

“Jubal foi o ‘pai’ de todos que tocam harpa e flauta. Sem levar em conta que estes instrumentos eram ainda muito primitivos. Entretanto, estes instrumentos foram refinados grandemente mais tarde. Jubal foi o primeiro a empregar instrumentos musicais com o fim de produzir música”. Deus registra que a linhagem caída de Caim tomou iniciativa no desenvolvimento da cultura: Jabal: agricultura; Jubal: música; Tubal-Caim: metalúrgica.

PRAZER PESSOAL

Existem exemplos na Bíblia de instrumentos musicais sendo usados com o propósito de prazer pessoal ou entretenimento. Depois de Labão ter alcançado Jacó, o qual tinha fugido a noite, ele disse, “Por que fugistes ocultamente, e me lograste, e nada me fizestes saber, para que eu te despedisse com alegria, e com cânticos, e com tamboril e harpa?” (Gn. 31: 27). Jó refere-se ao uso de música para o propósito de entretenimento familiar: “Deixam correr suas crianças como a um rebanho, e seus filhos saltam de alegria; cantam com tamborim e harpa e alegram-se ao som da flauta” (Jó 21: 11-12). Música também foi usada para acompanhar banquetes com bebidas e festas, muito parecido com hoje em dia.

“A harpa e lira, tamboris e flautas e vinhos há nos seus banquetes” (Is. 5: 12; cf. 24: 8-9; Amós: 6: 5-6). Estes exemplos obviamente não se referem ao culto público.

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