A siesta, Pierre Bonnard.
Eu havia outrora entrevisto nos Champs Élysées, e depois compreendi melhor, que, quando estamos enamorados de uma mulher, projetamos simplesmente nela um estado de nossa alma; que por conseguinte o importante não é o valor da mulher, mas a profundidade do estado; e que as emoções que uma moça medíocre nos dá podem permitir-nos fazer elevarem-se à consciência algumas partes mais íntimas de nós mesmos, mais pessoais, mais longínquas, mais essenciais do que o prazer de conversar com um homem superior ou mesmo o de contemplar com admiração suas obras seria capaz de produzir.
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