Fui criado na igreja católica, mas não concordo com essa coisa do pecado e do inferno. Conheci o espiritismo e vivi uma experiência que me marcou. Fui num centro espírita e uma entidade me avisou que dali a três meses aconteceria algo que iria mudar minha vida. Em três meses estava no palco do Maracanãzinho, no Festival Internacional da Canção. Nunca imaginava estar lá porque fui inscrito à revelia por Agostinho dos Santos. Algum tempo depois conheci o candomblé. Estava com tonteiras quando Nana Caymmi arrumou uma mãe- de-santo para me dar uns passes. Ela me levou a uma cachoeira no Rio. E fez lá o trabalho, um negócio bonito, com velas e começou a cantar. Daria tudo para ter um gravador ali.
Teve outras experiências?
Fui batizado na igreja católica e no budismo. Em três ocasiões, uma no espiritismo e duas no candomblé me falaram: “Olha. Não adianta querer se esconder porque você vai ser dono de um terreiro”. Eu pensei: “Mas eu não sou preso a nada”. Aí um dia fui tocar no interior, num ginásio de uns cinco mil lugares. Na hora em que estava cantando apareceu uma luz passando na platéia e pensei: “Meu Deus! Como sou idiota. O meu terreiro é o palco, é o lugar mais sagrado que existe na minha vida”.
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