Paulo Gonçalves de Moura nasceu na cidade de São José do Rio Preto, Estado de São Paulo, no dia 17 de fevereiro de 1933. Músico popular e erudito, jazzman, compositor, maestro e arranjador, orientador de grandes músicos brasileiros, professor no Brasil e no exterior, este eclético clarinetista e saxofonista já tocava desde cedo, com o pai, Pedro Gonçalves de Moura, mestre da banda de sua cidade natal.
Aos nove, Paulo começou a estudar o piano e com treze já estava tocando na banda do pai dele em festas e bailes. Mudou para o Rio junto com a família; aos dezoito anos começou os estudos na Faculdade Nacional de Música.
Completando o curso, continuou estudando teoria, harmonia e contraponto com o mestre Paulo Silva. Ele também estudou harmonia, contraponto e fuga com o maestro Guerra Peixe. Do lado da música popular, ele teve lições de arranjo com os maestros Moacir Santos e Cipó.Formou-se pela Escola Nacional de Música aos dezessete anos e foi contratado como primeiro clarinetista da Orquestra do Teatro Nacional, função que ocupa por dezessete anos. Durante esse período grava inúmeros discos e viaja com Ari Barroso para o México e URSS e lá regeu a Orquestra Sinfônica de Moscou.
Apaixonado por jazz, Paulo Moura forma uma das primeiras bandas do país. Grava com Baden Powell e na efervescência da bossa nova trabalha com Sérgio Mendes. Entre o Carnigie Hall e o Beco das Garrafas grava com inúmeros monstros sagrados da música americana e da MPB.Depois de formar seu conjunto em 1968 e gravar 5 ábuns recria em 1971 nova orquestra de jazz, representando o Brasil no Festival de Arte Negra da Nigéria e consolidando sua carreira na Europa e EUA.
Em 76 grava a sua obra-prima, o LP "Confusão Urbana, Suburbana e Rural", que o levou, famoso, para o Japão, onde foi capa de revista e tocou durante 2 meses.
Em 1981 grava o histórico "ConSertão" com Arthur Moreira Lima, formando com o pianista e o violonista Turíbio Santos um trio. Apresenta-se como solista do conjunto que lança o nosso choro no Lincoln Center de New York. Participou do Festival de Música de Guadalupe, tendo criado a primeira orquestra de saxofones. Foi também solista das Orquestras Sinfônicas Brasileira e do Estado de São Paulo.
Em 1985 participou do Festival Brazil em Antibes Juan-les-Pins (França) com um trio de "Chorinho" e em seguida do show que inaugurou o intercâmbio Brasil - França, no teatro Zenith em Paris, com sua banda de gafieira.
Em 1996, ele re-arranjou a música e tocou clarineta e saxes no espetáculo "Pixinguinha e os Os Batutas" no Teatro Carlos Gomes. Um grupo de choro cheio de estrelas, Os Batutas leva o nome do grupo seminal de Pixinguinha e foi formado por Jorge Simas (violão), Márcio (cavaquinho), Jorginho (pandeiro), Jovi (percussão), Marçal (percussão), Zé da Velha (trombone) e Joel do Nascimento (bandolim).
O espetáculo foi gravado ao vivo e lançado no ano seguinte pela Velas. Ganhou o Prêmio Sharp de Brasil para Melhor CD Instrumental e Melhor Grupo Instrumental de 1997. Em 1996, ele recebeu o Prêmio Sharp como Melhor Instrumentista Popular.
Quatro anos depois, ele foi premiado com um Grammy pelo Melhor Álbum de Regional Brasileiro por Pixinguinha e o primeiro Grammy Latino pelo álbum Tempos Felizes que foi gravado no início de 2001. Sendo hoje um músico consagrado em todo o mundo, Paulo Moura é sempre convidado a participar de festivais e eventos na Europa e nos Estados Unidos.
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