O conto infantil “Ser Diferente é Bom”, da autoria de Sônia Pessoa, vai ser apresentado no dia 7 de Março, às 15h30, na Livraria Bertrand, em Caldas da Rainha (Centro Comercial Vivaci).
Neste livro especialmente dirigido às crianças, a autora aborda os temas da diversidade cultural, do casamento entre pessoas do mesmo sexo e da adoção de crianças por casais Homossexuais.
Sônia Pessoa tem 38 anos, é formada em Comunicação Social e trabalhou 12 anos no Jornal Público.
No prefácio da obra, a psicóloga Gabriela Moita comenta que “estamos perante um livro que responde a uma absoluta necessidade no vazio do panorama editorial português. Sendo um livro seguramente gerador de alguma polêmica (porque o tema do casamento entre pessoas do mesmo sexo e da adoção de crianças por casais Homossexuais ainda o é), é um livro que contribuirá para a promoção da paz, ao ter como tema transversal a inclusão e por ser num primeiro nível dirigido a crianças”.
De acordo com a psicóloga, “a socialização das nossas crianças não pode mais continuar a ser feita pela observação de um único padrão de funcionamento de vida e, no entanto, os filmes que lhes são dirigidos e grande parte da literatura infantil, bem como do mundo dos jogos e dos brinquedos, são muito uniformes no que diz respeito à estrutura dos núcleos familiares que oferecem. Os tempos mudaram: os estilos de vida são cada vez mais diversificados e nesse sentido há que educar as nossas crianças para a realidade de um mundo composto de diversidade, tal como ele é, e não continuar a escamotear na educação grande parte da realidade — ou porque não nos é atraente, ou porque se considera que ocultando se evita que aquela passe a ser uma escolha possível”.
A autora centra a história em duas famílias, uma constituída por um casal formado por duas pessoas de sexo diferente entre si (heterossexual) e outra constituída por um casal formado por duas pessoas do mesmo sexo (Homossexual).
Na trama, o menino Pedro conhece Maria nos primeiros dias de aula. Quando Maria revela que tem dois pais, a história passa a se desenrolar de forma leve, tudo para estimular os pequenos a aceitarem as mais variadas formações familiares. Em determinada passagem, o livro equipara uma família hétera a uma Gay.
Pretende-se contribuir para “o desfazer do preconceito que conduz à homofobia”. “Não são apenas os direitos sexuais que aqui são tratados mas os direitos humanos em geral”, descreve Gabriela Moita.
“Sendo este livro destinado a crianças, ele é também para um público adulto, quer para pensar, quer como recurso para estar ao lado das crianças quando falar sobre o mundo”, sustenta a psicóloga.
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