"Eu toco violão? Sim. Mas não acho nada demais. Nunca pensei na questão da limpeza do som. Não é uma preocupação, pois, como disse, não considero que toco violão, mas sim que faço música. O violão era o que estava mais perto de mim. Se tivesse um acordeom, talvez tivesse virado acordeonista. Sou sujo, mas escuto outras coisas, não estou querendo aquele som limpinho, com aquela unha limada com lixa 450. Não sou uma sala acústica, não estou esperando isso do instrumento. Quero que as pessoas continuem falando mesmo o que elas quiserem."
FÓRUM
por Marcos Antônio Januário em Qua 26 Jul 2006, 19:49
Ao contrário de uma declaração aqui formulada, penso que, independente de tocar bem ou mal, geralmente um músico se destaca pela interpretação de um determinado campo musical, seja ele erudito ou as várias ramificações do denominado gênero popular. Dessa forma,vamos ter intérpretes estritamente eruditos, e aí os exemplos são inumeráveis, outros mais voltados para o popular, Baden Powell seria um exemplo, e outros que conseguem mesclar os dois referidos gêneros. A meu ver Yamandu Costa encontra-se mais voltado para outro campo que não erudito, com uma interpretação marcante, destacada por um incrível domínio do instrumento, o qual lhe permite aquelas variações geniais que são o destaque de suas apresentações. Discordo totalmente da afirmação denominando de um debate sem sentido a classificação de um violonista como intérprete do gênero erudito ou não, haja vista que, conforme escrito acima, existem violonistas que se enquadram em um dos citados gêneros ou em ambos. É interessante destacar que não existe violonista clássico, haja vista que clássico refere-se a um dos vários períodos da história da música, tal qual o Barroco ou Romântico, por exemplo, e sim violonista erudito, que, eventualmente, pode interpretar peças do período clássico. Abraços!!!
Ao contrário de uma declaração aqui formulada, penso que, independente de tocar bem ou mal, geralmente um músico se destaca pela interpretação de um determinado campo musical, seja ele erudito ou as várias ramificações do denominado gênero popular. Dessa forma,vamos ter intérpretes estritamente eruditos, e aí os exemplos são inumeráveis, outros mais voltados para o popular, Baden Powell seria um exemplo, e outros que conseguem mesclar os dois referidos gêneros. A meu ver Yamandu Costa encontra-se mais voltado para outro campo que não erudito, com uma interpretação marcante, destacada por um incrível domínio do instrumento, o qual lhe permite aquelas variações geniais que são o destaque de suas apresentações. Discordo totalmente da afirmação denominando de um debate sem sentido a classificação de um violonista como intérprete do gênero erudito ou não, haja vista que, conforme escrito acima, existem violonistas que se enquadram em um dos citados gêneros ou em ambos. É interessante destacar que não existe violonista clássico, haja vista que clássico refere-se a um dos vários períodos da história da música, tal qual o Barroco ou Romântico, por exemplo, e sim violonista erudito, que, eventualmente, pode interpretar peças do período clássico. Abraços!!!
Já analisei. Acho ele fraco mesmo. Eu não daria tanta importância para a sujeira, se pelo menos ele escrevesse músicas legais. Por enquanto me parece pura firula. Até que é legal vê-lo ao vivo. Pelo espetáculo quase circense. Porém como compositor ainda está anos-luz de um Leo Brouwer (que era bom violonista e improvisador), Villa-Lobos, Marlos Nobre, Radamés Gnatalli, etc. Como violonista estilo clássico, que faz improvisos na linha jazz/popular, sou muito mais um Roland Dyens. Este me parece que aproveita bem o ferramental clássico no improviso e possui composições muito interessantes.
por Adailton Ribeiro Santana em Qui 10 Ago 2006, 14:52
Prefiro o Yamandu intérprete, a meu ver inigualável, dentro do seu estilo, o qual consegue dar uma leitura diferente, original, às peças por ele apresentadas. Como compositor, penso que ele tem ainda um longo caminho a percorrer.
por rodrigoaltair em Sáb 12 Ago 2006, 20:13
Que o Yamandu é um virtuoso do instrumento, ninguém discute. E ele tem tentado sempre colocar sua própria interepretação nas músicas que toca. Obviamente, não agrada a todos. Não é um músico fácil de ouvir, em parte porque é difícil ouvir virtuosismo durante muito tempo, e em parte porquefica um pouco a sensação de que não é preciso se utilizar a todo instante do vastíssimo repertório técnico que claramente ele possui. Talvez seja porque ainda é muito novo, e todo jovem parece que precisa mostrar que sabe, impressionar. Às vezes, não tenho paciência para ouví-lo, mas quando quero ouvir um som mais provocador, diferente, gosto de ouví-lo. E tem outra coisa: ele tem feito um trabalho interessante em resgatar algumas músicas e estilos populares, e suas parcerias são muito boas. Mas se for pra compará-lo com outros violonistas, como Rafael Rabello, por exemplo, prefiro este último.
por Newton Messias Ferreira em Dom 20 Ago 2006, 02:23
Considero Yamandu um gênio do violão brasileiro. E nós, pobres mortais, ficamos com a triste tarefa de criticá-lo, rotulá-lo e classificá-lo. Quem o ouve logo se converte a ele, sem maiores análises. Quem não gosta, é porque talvez ainda tenha os ouvidos preconceituosos dos puristas. Pelo amor de Deus vamos acabar com esta história ridícula de "sujo" e "limpo". Música não é material de limpeza. Música é expressão antes de técnica; vida antes de teorias; sentimento antes de cerebralismos. Sou um violonista clássico, porque prefiro o repertório clássico ao popular, e prezo pela técnica, estética, história e tradição. Mas sei reconhecer quando o "espírito" da música está sobre alguém. Quando um gênio surge, devemos nos calar e ouvir o que tem a nos dizer, para não parecermos como tolos, que, jogando como pernas de pau, querem se comparar com Ronaldinho Gaúcho. Quem quiser criticá-lo, que o faça, mas que seja tão bom quanto ele, pelo menos na crítica. Mas respeito a opinião de quem quer que seja, só recomendo mais cautela e mais autocrítica.
Um comentário:
Nada ver os comentários dessas pessoas. Yamandu é um grnade músico é o cara sim!
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