terça-feira, 4 de novembro de 2008

NOTÍCIAS DA ISLÂNDIA

A Islândia, uma pequena e desorbitada caricatura do crescimento sem-fim que parecia estar vivendo o mundo desenvolvido, oferece de repente uma temível premissa da débâcle econômica que ameaça reproduzir-se na Europa, Estados Unidos e resto dos países ricos. Sem reservas de moeda estrangeira, com quase a totalidade de seu sistema bancário nacionalizado, e declarado praticamente “em bancarrota” pelo primeiro-ministro, o país está no epicentro de um terremoto global cujo impacto nem o mais remoto tresloucado cúmplice do ataque às Torres Gêmeas se havia atrevido a imaginar.

Bergsson, 39 anos, é cozinheiro naquele que havia sido, até um mês atrás, um bem-sucedido restaurante no centro de Reykjavik. Agora, a clientela diminuiu em uns 40%, vários empregados foram despedidos e ele mesmo se queixa da possibilidade de ter de aceitar a redução de seu salário. Sua mulher é antropóloga e trabalha no Departamento de Imigrantes do município de Reykjavik, um posto de trabalho que, de pronto, poderá ter pouca relevância, já que os imigrantes – dos países bálticos principalmente – estão indo embora, devido ao fato de que a moeda irlandesa, a coroa (krona) está em queda livre.


“As mulheres irlandesas e em todo o mundo são mais práticas do que os homens, têm os pés mais firmemente plantado na terra e estudam com mais ponderação as conseqüências dos riscos que tomam.” (Halla Tomasdorttir, presidente da Audur Capital Consultoria Financeira)



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