terça-feira, 21 de outubro de 2008

SOBRE O ARTO NO CIUDAD [James Martins]


e começo aqui já dizendo q: enquanto as massas universitárias de rio de janeiro e são paulo ainda esperneavam contra a guitarra elétrica e tudo o q ela parecia representar, a bahia ñ só exportava gilberto gil e caetano para esclarecerem estas e outras representações, mas produzíamos aqui, sim, o nosso próprio pau-guitarra-elétrico (independente mesmo da invenção americana). e a guitarra elétrica é um emblema do cantor/compositor/produtor artista enfim americano-pernambucano arto lindsay: e o fato é q a guitarra do arto mora hoje na cidade do salvador da bahia. bem, é sim o caso de se perguntar: e daí? mas eu vos direi no entanto, q aquela bahia q sempre pareceu já saber de tudo enquanto parecia ñ querer nada, hoje parece ter perdido o fio da meada de ser a lógica-radical-de-todas-as-perspectivas tendo/dando-nos como escolha duas mediocridades opostas/simétricas: CARA: um mercadão de mero entretenimento e jabaculê q domina quase tudo. COROA: uma resistência a isto q pela miséria criativa e arrogância varicosa (fundamentada mormente numa ortodoxia roqueira) lhe é em tudo equivalente. dir-se-ia q andamos bebendo da mesma fonte das garrafas q voaram contra o brown da timbalada mineral na terceira edição/margem do rock'n rio.  
então, sendo um artista a um só tempo refinado e revolucionário, q se auto-define muito experimental pro pop e pop demais pro experimental (e q falou para o caetano da predileção d'alguns produtores de música eletrônica pelo repertório erudito contemporâneo: webern, stockhausen etc. e q disse para mim, no engenho velho de brotas, q adorava o psirico), ele faz parte do centro dos meus planos para a reconstrução da engrenagem d'uma peça só q sempre manteve a bahia a dois dedos acima do mapa e da vida (o brasil precisa da gente ali. o mundo precisa do brasil). fazer do fato arto um artefato: abrir-lhe as prateleiras as estantes as ondas de rádio os teatros as estátuas. q a presença de arto IindSAY SOMETHING para os q tiverem ouvidos livres e rigorosos: a bahia precisa então tê-Ios: retê-Ios. os idiotas da objetividade tentarão, por certo, alegar: mas aprender baianidade com um estrangeiro??? - minha proposta é esta sim; e cito: muito do q hoje somos vem de widmer, koellreuter, smetak... para falar só de música. aí outros guardiões das burrices seculares: -mas o povo ñ pode entender a música desse rapazinho! lembro: - além daquela bela multidão q todo mundo já sabe, o arto também produziu um dos + populares grupos da nossa música + popular: o ilê aiyê. enfim, há muito + relações entre a senzala do barro preto e a rua do barro vermelho do q julga a nossa vã indústria fonográfica.

3 comentários:

Anônimo disse...

thats amazing story.

Anônimo disse...

its good to know about it? where did you get that information?

Anônimo disse...

Eu não gosto de Arto Lindsay.

Powered By Blogger