quarta-feira, 22 de abril de 2009

KID MORENGUEIRA: FRAGMENTOS


"Nasci em 1902, num 1º de abril, na rua Santo Henrique, hoje Carlos Vasconcelos, na Tijuca"


"Nunca tomei um porre em toda a minha vida"

"Andava oito quilômetros a pé por dia, com uma comidinha muito fraca, que mal dava para enganar o estômago. Eu estava muito longe da minha mãe, que era cozinheira. Minhas irmãs foram morar na casa de umas tias e eu fiquei sozinho no barraco. Meu almoço era geralmente um bolo de milho e bananada”

"Fiz muitas meninas chorar, dando o meu recado em serestas"

"Eu sempre ia às festas na Praça Onze, onde tinha roda com rasteira, rabo-de-arraia. Era magrinho, novinho, mas entrava na roda e era respeitado"


"Se me deixar falar, o ladrão não me assalta. Se me deixar falar muito, eu tomo uma grana emprestada"

"antigamente, você deixava o carro aberto e o máximo que entrava era mosquito. Crime era só passional. Hoje, nas ruas, só tem punguista, ladrãozinho barato"

"Tem menino de 16 anos que está emprenhando gente e na hora em que comete um crime diz que é de menor"

"Nessa época, meu principal passageiro era o compositor Ismael Silva. Foi o Ismael quem
botou na minha cabeça a ideia de transformar-me em cantor. Graças a ele gravei meu primeiro disco"


"Foi por acaso, como quase todas as descobertas dos cientistas. Eu estava cantando um samba fraquinho e decidi interromper e improvisar umas falas só para brincar com a platéia. O Tancredo Silva me deu um samba de quatro linhas (Jogo Proibido) e eu improvisei em cima: ‘Meto a solingen na garganta do otário e ele geme, ai, ai, meu Deus. Não posso mais. Vou me acabar’. O público aplaudiu de pé, e eu pensei: é aí que está o petróleo, malandro. Vou meter a sonda".


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